Funerais em Grande Estilo
Os funerais estão na moda: primeiro foi o funeral -para vampiros moles - do Papa e sua subsequente sarcofagação. Depois outro guru/psicopata, Álvaro Cunhal, promovido à santidade teve um acompanhamento de cem mil autómatos agitando bandeiras, batendo palmas (nova mania bater palmas aos mortos), gritando slogans, e desafinando A Internacional - aos anos que este hino que até é bonito e tem poder existe e não há maneira de o cantar no tom justo, é que mal cantado perde a força, fica ridículo). No Porto, jovens obesos de todas as idades a que se chama os "literati" leram poemas de Eugénio de Andrade (ou de Andróide?) ao próprio Eugénio de Andrade, que jazia, fazendo cára feia num caixão. Por mais narcisismo que se tenha é chato ouvir poemas que um tipo já publicou. Outro grande vulto e grande chato, o general não sei quê Gonçalves também deu à sola. Parece que nunca se apercebeu da existência dos Gulag, dos campos de extermínio para dissidenetes, da censura estatal. Feliz! Morreu 'trémulo e instável acreditando nos seus ideias, denegando toda a realidade e Zé Saramago chamou-o de "grande patriota". Ó Zé!
Tempo para reler "J'irais cracher sur vos tombes", de Boris Vian. E de recordar que o préstito fúnebre do divino Mozart se compunha de 2 ou 3 pessoas e um cão. Assim se extrai o Príncípio Funerário Número Um que reza assim: o número de pessoas que acompanham um enterro é inversamente proporcional ao génio do morto.
Tempo para reler "J'irais cracher sur vos tombes", de Boris Vian. E de recordar que o préstito fúnebre do divino Mozart se compunha de 2 ou 3 pessoas e um cão. Assim se extrai o Príncípio Funerário Número Um que reza assim: o número de pessoas que acompanham um enterro é inversamente proporcional ao génio do morto.
2 Comments:
Leio os jornais e fico fora de fase: tudo o que eles dizem nunca aconteceu a não ser na cabeça deles. Chegam todos os dias com cem anos de atraso. Há mais realidades do que a jornada da banalidade. Hoje estive junto de uma rã e de dez gatos.
Os jornais são jurássicos? E a própria net também? Já devíamos ter aprendido a comunicar sem intermédio interposto interface?
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