Um barco na ponta da língua
Susana Seven volta a reincidir. O seu mundo saiu do circo, entrou nas iluminuras, escapou das garras de Gilles de Rais, passou a dançar diante do Marquês de Sade - resultado, um daqueles circos intimistas com personagens além do bem e do mal, falsos contemplativos que saltam do tinteiro, autênticos freaks que perderam todos os bosques, fadas em queda livre, faunos miniatura e outra gente anómala que se vê na porta do cavalo a sair dos filmes de fellini. Personagens que do outro lado do espelho somos nós, portugueses, com ou sem lata de conserva à roda, e que se universalizam com a leveza das flores carnívoras. Exposição num espaço excelente, em Guimarães (onde parece que de vez em quando Portugal desaparece e recomeçca) , na Galeria Gomes Alves. Um mundo portátil, encantatório - sabores de um Sétimo Império, as agilidades de uma presença leve, intensa e subtil.
posted by Miguel Drummond de Castro | 17:46
3 Comments:
Prezado Miguel:
A minha rã arlequim, uma atelopus oxyrhynchus, pergunta se o personagem do canto inferior direito é comestível e qual a probablidade de encontrar o veículo em que se desloca.
Gostámos muito, lá estaremos para cumprimentar, se possível a artista, já vai sendo raro encontrar alguma coisa que exija mais do que um segundo de atenção.
Caro cata rãs,
o atelopus oxyrhynchus terá que perguntar à artista. Mas penso que levantou uma boa questão, a arte é comestível?
o veículo não parece desenhado por Da Vinci mas parece inspirado pelos monociclos. Talvez indo a um espectáculo do Grand Magic Circus possa encontrar um veículo semelhante,
também estarei em Guimarães, porque nada como ver os quadros ao vivo na cidade que tem a culpa de tudo.
Caro cata rãs,
o atelopus oxyrhynchus terá que perguntar à artista. Mas penso que levantou uma boa questão, a arte é comestível?
o veículo não parece desenhado por Da Vinci mas parece inspirado pelos monociclos. Talvez indo a um espectáculo do Grand Magic Circus possa encontrar um veículo semelhante,
também estarei em Guimarães, porque nada como ver os quadros ao vivo na cidade que tem a culpa de tudo.
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