Coercividade
O nosso estado socialista, que tem como axioma a liberdade, é cada vez mais coercivo e mais totalitário. Quer a liberdade abstracta de dez milhões de pessoas e para isso priva cada um da sua, em nome do Grande Todo, do Progresso (esse deus constante dos presidentes), da Modernidade (a Musa, a superstar dos presidentes de câmara) e dos Deus-envolvimento (o deus maior da trindade republicana de Progresso, Modernidade e Desenvolvimento.)
Agora vamos ter um passaporte que faz as delícias dos americanos e dos que chegaram tarde a Fpessoa. O pintor Júlio Pomar que entre outras coisas se especializou em fazer Fernando Pessoas estilizados, longilíneos, tipo logotipos do metro, foi convidado para implantar um desses FPessoas no passaporte. Lá está ele FP, em ele-mesmo, sem os heterónimos, gravado num passaporte brinde aos serviços secretos americanos.
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