A VELHICE
A velhice é a casa louca do tempo. A pianista careca que deixa cair os dentes sobre o piano. Tudo nela se mija e mirra dentro de alumínio, com as solícitas enfermeiras de bata azul a correr atrás de esqueletos de colher em punho.
Um voo pesado de rolhas de ferro dentro do aparelho de ar condicionado escreve-a em todas as fachadas da cidade nova. Nada mais velho do que o novo. O novo cheira mal. O novo treme. O novo tem uma bengala visual e outra feita de crânio gasto.
Um voo pesado de rolhas de ferro dentro do aparelho de ar condicionado escreve-a em todas as fachadas da cidade nova. Nada mais velho do que o novo. O novo cheira mal. O novo treme. O novo tem uma bengala visual e outra feita de crânio gasto.
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