/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: ABORTO

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2007-02-06

ABORTO



Eu queria ouvir a opinião de um testículo sobre o tema do aborto, e não o que a cabeça pensa que o testículo deve dizer.


Quando uma mulher se cansa de ter filhos não faz abortos, escreve memórias, o que é igualmente prosaico.

A quantidade de gente solteira que nunca terá filhos que se pronuncia contra a despenalização do aborto é tão impressionante como os filhos que sabem que escaparam por um triz a ser abortados - quase todos.

Devia ser possível abortar os nossos inimigos, ou pelo menos imaginar isso a cores e a passar no noticiário.

Quando um debate enfurece as pessoas é porque devem estar todas de acordo que o tema é demasiado trivial.

Imaginar um útero a falar não é o mesmo que imaginar um testículo a fazer o mesmo.

Eu queria ouvir a opinião de um testículo sobre o tema do aborto, e não do que a cabeça pensa que o testículo deve dizer.

Ser capaz de pensar que o utero expulsa o feto porque está farto dele, para quem sabe como a natureza humana se maça, se calhar está mais proximo da verdade.

Ou também se pode imaginar que o embrião humano já tem caprichos, e se farta de estar fechado numa cave.

O trauma do nascimento deve ser sobretudo provocado pela visão da luz fluorescente, e pela cor do uniforme das enfermeiras.

Play it again Sam: a reencarnação foi inventada por Humphrey Bogart e para Humphrey Bogart voltar a ser Humphrey Bogart.

E que tal falar um pouco do aborto da mente executado pela escola, a religião, a faculdade, o exército, as ideologias?

3 Comments:

Blogger Daniel said...

ai, meu deus, o que diria o testículo esquerdo ao testículo direito se um tivesse o gene que faz abrir bocas na carne e se o outro tivesse o gene que faz abrir ouvidos no epidídimo... ui ui, isso é que era... o que eles não diriam um ao outro. Ou provavelmente estavam a rir-se desta palhaçada toda.

Bem, mas das duas uma: ou isto é só frustração pessoal decorrente de mesquinhice intrínseca, ou então é uma bem grande tensão sexual acumulada... é que não se fala noutra coisa...

mas como não quero dizer só mal das figuras tristes dos outros, proponho uma solução: vinha o Zé Porkêra, dava um peido em directo, e aí é que queria ver se já abriam a boca!

10:06 da tarde  
Blogger Daniel said...

o que não posso deixar também de fazer é de tirar ao chapéu ao seu nome, sr. Zé Porkêra: muitíssimo original, em comparação com os abortos que aí andam...

10:09 da tarde  
Blogger Miguel Drummond de Castro said...

Daniel,

O sr. Zé Porkêra himself, meu assistente e feitor, é um aborto. Vive dentro dum frasco de aguardente de medronho, donde está autorizado a sair a certas horas do dia.
Eu, o seu Dr. Jekyll temo que ele se tenha emancipado tanto do seu Kriador que um dia ele anunciará, tal como Nietzche fez em relação a Mr. God, a morte de Lord Drummond.

Porkêra como pode ver no Clustrmap está em Pequim. Tinha ido para acompanhar a visita da nossa patusca embaixada à terra do Insecto Colectivo.

Ficou lá até hoje. Deve ter feito uma plástica qualquer, porque o seu ar alentejano universal não engana ninguém, ou seja, onde chega foram~se corais, o tempo começa logo a correr como deve ser, ou seja, devagar, e as mulheres sentem ânsias fecundativas, enquanto a gerência faz descer sobre a terra campos de papoulas sem fim, livres das chaminés do Pi nhô-nhô.

Enfim aguardemos por mais informações. Só tinha três érios no telemóvel.

12:50 da tarde  

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