ÇA SERA
Hoje tive um dia diagonal: vi a empregada do restaurante crucificada pelas suas duas sombras. A sua boca pousada no tejadilho distante de um Jaguar.
Falei com o homem que corta auréolas aos santos, e as põe na carne do talho. Na rua duas mulheres gordas lentamente transformaram-se em ânforas enquanto a rua se bifurcava em inúmeras portas simultâneas.
Uma adolescente captou o triângulo de um instante único, depois entrou dentro de um cão e este desapareceu, tragado por uma língua de fogo.
Um homem, com o jornal cada vez mais entalado entre as pernas deixava um rasto de pedra bruta.
E eu imaginei a inocência como um pássaro feroz, todo o dia a sobrevoar o meu cérebro, protegendo-o dos tinteiros dramáticos da Lei.
Falei com o homem que corta auréolas aos santos, e as põe na carne do talho. Na rua duas mulheres gordas lentamente transformaram-se em ânforas enquanto a rua se bifurcava em inúmeras portas simultâneas.
Uma adolescente captou o triângulo de um instante único, depois entrou dentro de um cão e este desapareceu, tragado por uma língua de fogo.
Um homem, com o jornal cada vez mais entalado entre as pernas deixava um rasto de pedra bruta.
E eu imaginei a inocência como um pássaro feroz, todo o dia a sobrevoar o meu cérebro, protegendo-o dos tinteiros dramáticos da Lei.
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