SONETO DA TEMPESTADE
hoje a noite está cheia de cães explosivos
lambem a lua e a maré dos corações turvos
e porque estamos numa era de gente descontente
os seus latidos são balas impuras e venenosas
e ninguém nesta noite desafia a primavera, excepto
os pensamentos dos grilos que levantam
o lado mais obscuro do brilho da alma,
dizendo numa cadência rouca: Ah a Lusitânia
agoniza - cada oliveira arrancada, cada árvore
foi desviada do seu pacto com o delírio do mar
e agora lança exacto e plural um veneno puro
sobre a língua morta que já não sonha nem imagina
e se mete nas máquinas que vendem gasolina
enquanto uivam em não azul todas as agonias do pólen
lambem a lua e a maré dos corações turvos
e porque estamos numa era de gente descontente
os seus latidos são balas impuras e venenosas
e ninguém nesta noite desafia a primavera, excepto
os pensamentos dos grilos que levantam
o lado mais obscuro do brilho da alma,
dizendo numa cadência rouca: Ah a Lusitânia
agoniza - cada oliveira arrancada, cada árvore
foi desviada do seu pacto com o delírio do mar
e agora lança exacto e plural um veneno puro
sobre a língua morta que já não sonha nem imagina
e se mete nas máquinas que vendem gasolina
enquanto uivam em não azul todas as agonias do pólen
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