NO MORE
já não há
já não há corvos na cidade
nem papoulas nos telhados
nem torpedeiros brilhantes
a entrar pela barra cobertos
de estrelas e de bandeiras
já não há eléctricos faiscantes
nem cavalos nervosos
nem gatos demorados
e japoneses devorando
as aguarelas do casario
encantado. Já não há palácios
com crime e paixão
apenas vidro e mais vidro
um rio vidrado
uma gaiola dourada
uma cidade que caiu
para o fundo do rio
onde passam
os grandes lavagantes
de luneta na mão
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