À PROCURA DE MIM MESMO
o meu rosto nem a minha mãe o conhece
nem o conjunto de sibilas gregas
com os seus dedos firmes de gnose o decifra
desfigurei-o com cada viagem
e o vento levou-lhe as linhas
transparentes que o ligavam
à sombra das oliveiras e ao destino
dos últimos centauros evadidos
duns quadros de Tiepolo e de Pralini
o meu rosto finalmente tornou-se ilegível
cruzei-o com planos longínquos
de filmes em que não entrei mas que amei
e foi ficando nevoeiro de coisas pequenas
enquanto ia mudando de castelo
e de reino com o meu estandarte cada vez
mais manchado pelo sangue do invisível
e agora nem o mar nem o céu o sabe
nem o conjunto de sibilas gregas
com os seus dedos firmes de gnose o decifra
desfigurei-o com cada viagem
e o vento levou-lhe as linhas
transparentes que o ligavam
à sombra das oliveiras e ao destino
dos últimos centauros evadidos
duns quadros de Tiepolo e de Pralini
o meu rosto finalmente tornou-se ilegível
cruzei-o com planos longínquos
de filmes em que não entrei mas que amei
e foi ficando nevoeiro de coisas pequenas
enquanto ia mudando de castelo
e de reino com o meu estandarte cada vez
mais manchado pelo sangue do invisível
e agora nem o mar nem o céu o sabe
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