EM LOUVOR DE SÍSIFO PRISIONEIRO DA LIBERDADE
Sobre caricas, também carantonhas,
além de gárgulas e gurunsans
rola o meu Sísifo, de veludo
esfarrapado vestido,
com os anéis de armas às tiras
e os pendões feitos velas de moinho.
Blasfema, esperneia, rola bosta,
mete a vara na Estrumeira-
Tudo é Estrume e Mosca?
Neste País de Varejeiras,
a Montanha a que Sísifo sobe
não é de Rocha, é de Merda!
Chorai Sadinas e Tágides,
e Douríneas e Flávias,
e vós também doces Natércias,
Por este vosso vate enfrascado,
em garrafas mil acidentado,
com um Cérebro todo Picado
de Verme, de verruma, de bruteza.
Mas apesar de tudo este Sísifo
vosso, sacode a porkêra
E por vezes um Vento Fresco
Lhe Lava a Alma com um
Sopro de Mistérios
e de encantos. Por isso bem
vale a pena rolar a pedra
penada e deixar-vos a vós
o puro canto, a Voz, a Onda,
a viva maravilha da mocidade!
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