1. ELOGIO DOS BÁRBAROS: A figura do meu avô Átila merece ser reconsiderada como uma negação activa do sistema imperial : ingovernável, o nómada dispersa, rasga e anula os sistemas colectores de impostos, que são a raíz do Império. É o Flagelo do Deus Hegeliano, sem dúvida. E propõe a recuperação e a cuidadosa reconstrução do bárbaro interior que habita em cada um de nós : o bárbaro sofisticado, que sobreviveu à pressão burguesa de séculos de Leis, de Jurisprudência, de Códigos.
2 DEPOIS DO SOCIALISMO : Convem ter o poder da expectativa e da anticipação, e ser capaz de imaginar a reconstrução de um mundo tornado decadente, doente, sem beleza, prisioneiro do mercantilismo mais soez como é este mundo xanaxado e deprimido que vai fazer o TGV, o aeroporto de Alcochete, encher os mouchões do Tejo com empreendimentos turísticos, e destruir a Costa Alentejana com condóminos para novos-ricos.
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