A DIVINA EXCARNAÇÃO II
Os CÉUs DOs ALENTEJOs
(The Sun Moves freedom, a Liberdade Move o Sol)
um demónio, digo eu,
um demónio azul do céu
fez este céu de três claros sóis
e um anjo inspirado pela imensidão
traçou - tão delicados! - os círculos
da divina e preciosa solidão
só mais tarde veio o lobo
rente à tarde das papoulas
em chamas. Narina de fogo frio
olhos de neve trocista
o lobo! foi ele quem fez a cal
dos montes
e enforcado em sílabas o poeta
desenhou o vermelho rubro do fim
dos horizontes. depois, vieram
todos os que não conheciam o número
e que bom que era o silêncio antigo
ah deitar-se depois do inferno
das figueiras com a moça
que era os trigais e a água!
e provar a rir as ameixas
da discórdia e da harmonia
com a pele tisnada de beijos!
então subíamos ao sete-estrelo
nós, pela voz das sibilas,
e movíamos erva nas estrelas
e a rosa negra dos mundos
e sabíamos. oh como
que deus é desejo
e o mundo está sempre a cair
estupefacto
como um fruto
(The Sun Moves freedom, a Liberdade Move o Sol)
um demónio, digo eu,
um demónio azul do céu
fez este céu de três claros sóis
e um anjo inspirado pela imensidão
traçou - tão delicados! - os círculos
da divina e preciosa solidão
só mais tarde veio o lobo
rente à tarde das papoulas
em chamas. Narina de fogo frio
olhos de neve trocista
o lobo! foi ele quem fez a cal
dos montes
e enforcado em sílabas o poeta
desenhou o vermelho rubro do fim
dos horizontes. depois, vieram
todos os que não conheciam o número
e que bom que era o silêncio antigo
ah deitar-se depois do inferno
das figueiras com a moça
que era os trigais e a água!
e provar a rir as ameixas
da discórdia e da harmonia
com a pele tisnada de beijos!
então subíamos ao sete-estrelo
nós, pela voz das sibilas,
e movíamos erva nas estrelas
e a rosa negra dos mundos
e sabíamos. oh como
que deus é desejo
e o mundo está sempre a cair
estupefacto
como um fruto
Etiquetas: a Liberdade move o sol, The Sun Moves Freedom
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