Montanhas da Madeira
In memoriam do poeta José António Gonçalves, morto em combate em 2005. E com quem bebi até que os copos tivessem asas, e as nossas asas avinhadas se aproximassem de todas as coisas etéreas e evaporadas
sou um poeta madeirense
madeiro o lenho do verso
beijo o fogo, atiço a nuvem
das sílabas
perco-me como um cão
enterrado em metáforas
e lambo lava e enxofre
para que por fim saia de mim
lavado e fresco
o perfume das madressilvas
o som das estrelas d'alva
e o rugido do mar
nas veias que dentro de si
tocam nas montanhas
In memoriam do poeta José António Gonçalves, morto em combate em 2005. E com quem bebi até que os copos tivessem asas, e as nossas asas avinhadas se aproximassem de todas as coisas etéreas e evaporadas
sou um poeta madeirense
madeiro o lenho do verso
beijo o fogo, atiço a nuvem
das sílabas
perco-me como um cão
enterrado em metáforas
e lambo lava e enxofre
para que por fim saia de mim
lavado e fresco
o perfume das madressilvas
o som das estrelas d'alva
e o rugido do mar
nas veias que dentro de si
tocam nas montanhas
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