/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: FNAC COLOMBO LIVRARIA SÁBADO CINCO DA TARDE

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2007-02-24

FNAC COLOMBO LIVRARIA SÁBADO CINCO DA TARDE



acho que perdi cinquenta e seis partes do meu corpo hoje Sábado, dentro da Livraria da FNAC -Colombo, às cinco da tarde. Coisas como maleólos, dendrites várias, fibras do radial, 3 pares de fibras do nervo óptico, e uma rapariga que chocou comigo arrancou-me um pedaço de células mamárias. Sem falar em pedaços de bactérias friendly (e outras se calhar menos) que caíram em frente a uma Obra de Descartes chamada L'Automate Humain. OK. Não era de Descartes. Era de um epígono contemporâneo. Na estante das obras Gaulesas, vi um livro sobre sexualité masculine hetero até que enfim. Já sabia que a zona dos mamilos nos homens é tão erógena ou mais do que nas mulheres. Aí diante dessa estante passou um Harambazord (ver posts anteriores que explica o que é. Achtung, Andam por toda a parte) e ia-me levando um metacarpo. O cuidado que. O Cuidado que é preciso ter com a multidão em movimento. Os saldos embebedam que zona do cortex? A multidão é uma multiplicadão? Ou uma exponenciação de si mesma. Nem feia nem bela, é uma movida automática, sonâmbula, hipnótica. Tomar banho no suor da multidão, no suor da, nas lágrimas ácidas da, nos perdigotos da, nas perdas menstruais, nas ejaculações furtivas dos frôleurs da, na pinga de urina da, nos peidos da, e abri um livro que dizia Comment vous soigner par les Champignons, Bruxelles, 2006. Há cogumelos em Bruxelas! julguei que lá só havia um porco azul de barriga para o ar a voar pelo ar e que esse porco era Deus.
Mais outro livro Cure par le Quartz. Somos uma sociedade em terapia contínua. Nenhuma funciona por si só. Se calhar todas juntas funcionam. Quartzo. mantra. Luz templária. Vitrais. Chá de díodos. Folhas de Umbigos-de-Vénus em salada. Muito Yoghurt com aqueles bacilos bright. Orações a Mithra deus da luz. Um discreto panteísmo. Baco pregado na Garrafa. Evohé! Cristo de chapéu de pala agora vegan. Demasiados deuses para tão curta vida, demasiada vida para tão curtos deuses.
Depois passei para os Livros de Pintura. Louvre-Gugenheim-Tate dos pobres, o museu secreto transversal. Transferir mais museu para as células. Ao contrário dos tempos de Marinetti em que Urgia Desviar Um Rio Para Dentro De Cada Museu. agora convem introjectar um museu no paleo-genoma, no neo genoma. e nessa beleza da Raça Ruiva do porvir: o pan-genoma. Cuidado com as imitações. Do it yourself. Fabrique o seu porvir. Não ouça os prophets of gloom.
Cá fora choquei com o Antunes (O Antunes outro não esse vulpino), um profeta do gloom. Diz que Lisboa está perdida, que chegou o Apocalipse, que estes são os tempos da Besta. e que a droga, os políticos soft, os homeos, os pagãos. Deve ser uma certa corrente de ar que anda a passar por certas mentes. A post to calypso. Onde perdeste o mamilo, Aninharanda? Jovens pálidos a correr atrás do dealer cá fora. O dealer, impecável no seu fato Armani.
Saí cá para fora. Vi-te lá no museu de papel, Hieronimous Bosch. Há quadros que duram uma vida inteira. O Apocalipse foi no tempo do Bosch e tem durado até hoje. A ideia de um filme de longa, longa duração em que as plateias se sucedem às plateias porque se vive e morre sempre na plateia ou sempre em cena. My Eye, sem triângulo. MySeventh Eye, My Eighth Heart, my Twelveth Sight, tudo sem triângulo. Tempo de destriangulações. E não é que vi três paulas coelhitas a preparar-se para se meter al camino de Santiago?



Foto de um Lama inglês das Escola Tibetana Kargyupta, com raízes na linhagem de Tilopa, Marpa e Milarepa.