/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: PÁSSARO INCOMPLETO

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力

LES PRIVILÉGES DE SISYPHE - SISYPHUS'PRIVILEGES - LOS PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO - 風想像力 CONTRA CONTRE AGAINST MODERNISM Gegen Modernität CONTRA LA MODERNITÁ E FALSO CAVIARE SAIAM DA AUTOESTRADA FLY WITH WHOMEVER YOU CAN SORTEZ DE LA QUEUE Contra Tudo : De la Musique Avant Toute Chose: le Retour de la Poèsie comme Seule Connaissance ou La Solitude Extréme du Dandy Ibérique - Ensaios de uma Altermodernidade すべてに対して

2007-02-24

PÁSSARO INCOMPLETO

Nesse Verão eu vivia numa casa de dois andares. O andar de cima tinha um a janela em forma de olho, cortesia de André Nickulaus, o arkiteto hiperorgânico, que faz casa sssszzz à medida dos nossos Orgãos Mais Em Função e no andar de baixo tinha um quarto peculiar: estava cheio de sapos. Eu andava a estudar o mistério do som musical conhecido como basso continuo, e parecia-me que o coro dos sapos quando a noite cai tinha essa qualidade. Por isso, pedi a Méelanie que andava sempre vestida com roupa de fantasmas de fazerifavori de ir para o país de Andy Warhol e voltar com um gravador sensass chamado Point Blue 001 ztron. Coisa que ela fez com diligência, tendo voltado vestida de Armador Grego, charuto na boca, monóculo et d'autres choses de femme fatale género óbvio.
O gravador estava à altura. Passei uma semana encantada (passe o galicismo) a gravar duas horas seguidas de coro sapum-Sapo-Boi faz Força Não. Sapo Buschom Faz força Sim e Agora Sapitão-saponário cai na grana Ué. Sapo-Feliz de Ipanema ViraPoncho, Sim Sim, Sapo Sapão faz coroa no capim, Sapo culhão Cuidado com o Pontão. Enfim leitura dos intervalos. Guimarães Cor de Rosa.
Ao fim de uma semana tinha um texto-som sapum de primeira, só me faltava agora o cineasta, porque o som sapiano ia entrar como Prelúdio de um filme inteiramente dedicado às Manias Lusas de um Só Soutien.
Foi cândido libertar os sapos de volta para o Grão Sapal, numa noite em que toquei flauta à frente deles (sem êxito. Hamelin houve só um). mas qual quê, tinham-se habituado habitorreado habibutado hababibaladinado à casa e cais sair cais quê. As malta cá sapo quer mazé cá ficari, porra. Mas ódippois lembrei-me ( sempre ele. sempre sele, sempre zel), e desde A Gasta Infância, a minha Perdulária Hinfância, do Óleo de Halibute! Caraltas!
E foiquefiz. Sprayei larga medida do dito óleo sobre o habitáculo sapal. E eles horrorizados saíram em grão saltum tudo prá fora. com Melanie BeforeSeven, a Armadora Grega, encantada, a saltar no meio deles, muito animala. Inté com manchas doiradas na pelum verde, verde como os campos do Pitroliportugálio.
Zzírissssimo demais meuzum concedeu Zézinha Malta Banha, aquela solista dos RisuGeladu, a maior snob de Grândola, que viera ver a Noite de Libertação do Sapo, que estava a dar em directo para a ARTE e mais uns quantos canais epígonos, cheios de curadores de museus pernilongos com óculos de jade. Pois.

(Descontinua no próximo número)