VIAGENS PELOS NOSSOS TEMPOS
Cheguei a um país onde não estava ninguém no aeroporto. Cá fora só havia táxis. Cada condutor tinha um jornal desportivo entalado na boca. O homem do Concurso televisivo Onde é que chegou? veio a correr. Deslizava graças à energia dos escarros. Era um país muito progressista, cada escarro, devidamente chipado, fornecia energia.
Perguntou-me o que eu pensava do país. Eu disse: Qual? Ah. É verdade estamos a fazê-lo desparecer, disse-me ele e continuou: Mas mesmo assim que pensa do nosso desaparecido país? Eu disse que era igual a muitos outros, mas tinha uma diferença essencial. Qual? é ainda mais igual aos outros do que meramente igual, é igualíssimo.
Ao entrar no táxi também reparei que o condutor tinha um jornal desportivo entre as pernas. Era por ali que urinava, defecava, falava e se reproduzia. Pensei. Como serão aqui as mulheres? Mas lancei uma olhada rápida ao interior do táxi e vi que estava cheio de fotos de mulheres nuas. Eram todas redondas, na verdade eram em forma de bola. Ia perguntar-lhe são todas assim, ou é uma preferência sua? Mas de relance vi do lado de fora uma mulher bola que levava duas meninas bola pela mão.
Perguntou-me o que eu pensava do país. Eu disse: Qual? Ah. É verdade estamos a fazê-lo desparecer, disse-me ele e continuou: Mas mesmo assim que pensa do nosso desaparecido país? Eu disse que era igual a muitos outros, mas tinha uma diferença essencial. Qual? é ainda mais igual aos outros do que meramente igual, é igualíssimo.
Ao entrar no táxi também reparei que o condutor tinha um jornal desportivo entre as pernas. Era por ali que urinava, defecava, falava e se reproduzia. Pensei. Como serão aqui as mulheres? Mas lancei uma olhada rápida ao interior do táxi e vi que estava cheio de fotos de mulheres nuas. Eram todas redondas, na verdade eram em forma de bola. Ia perguntar-lhe são todas assim, ou é uma preferência sua? Mas de relance vi do lado de fora uma mulher bola que levava duas meninas bola pela mão.
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