MULHER MATA-SE
MULHER MATA-SE PARA ASSEGURAR SUCESSO DO FILHO CEGO
Hei, que tal se ouvissem o ROSS (o elfo Rodrigues dos Santos) a ler uma coisa assim no meio do ecrã? Causava um arrepio, uma estranheza. Não! o gajo disse mesmo aquilo? No entanto, este é um tema clássico, o da tragédia grega.
Se alguém na velha Hélada dissesse uma coisa destas, numa praça, numa encruzilhada, num parque público, provavelmente as pessoas sentavam-se à roda dele para ouvir o resto da história.
Hoje é pouco provável que alguém conte uma história no meio da via pública, e ainda menos provável que alguém pare para a escutar. E a verdade é que só autorizamos o ROSS, e os seus clones das outras estações, a contar histórias: a contar a ficção quotidiana que faz parecer real o mundo real.
Mas quem conta histórias, hoje: umas gajas feias, de óculos, demasiado gordas, demasiado magras, com o cabelo mal cortado, mal vestidas, que se chamam escritoras?
Uns tipos muito chatos, carecas, mais velhos do que o Papa, com ar de padre, com ar neurótico, com a barba mal feita, a que se chamam escritores?
Nem elas nem eles. Assistimos na literatura a uma segunda história. A história da morte da história. A história que narra a impossibilidade de se contar uma história. Uns tipos pirosos escrevem "estória", é uma palavra feíssima, que não quer dizer nada. Tal como a horrível palavra cheio de sensodyne e botox, "Cantautor".
Se alguém, dispondo de um instante de lucidez privilegiado, se dispuser a ouvir uma história contada por qualquer um dos nossos cantautores é natural que daí a meio minuto fuja pela rua, com os cabelos electrocucufados, com os cabelos a correr numa realidade paralela, enquanto o desgraçado do crânio, em baixo, corre ao contrário dos cabelos, com as mãos albinas a amparar os neurónios aflitos.
E se eu afirmar que o nosso cérebro hoje é um filho cego morto pela mãe para ter sucesso será que terei o sucesso dos que fazem parabolas"? Zero sucesso pessoal, e mil sucesso institucional, para quem vier na segunda onda do inevitável plagiarismo contemporâneo?
Bem estou nas calmas. Eu disse claramente ao Mick, vivo num país impossível, mas estou sempre cinco minutos à frente da próxima moda, por isso é-me possível viver nos intervalos da falta de acção que tendem a ser para sempre.
Hoje por exemplo, Drumas, proponho-te uma Máquina Patafísica especifica para um Shiva (deus destruidor) português
O ACELERADOR
DE EFÉMEROS
Texto escrito por convidado nosso, que quer ficar anónimo e dele só diz que é, o Último Homem que Escrevia Deus no Tatoo Para Poder Passar a Um Caso.
Pedi a um amigo físico para me explicar o que aconteceria se de facto se se acelerasse à sexagésima potência cada segundo de tempo numa sociedade de tempo acelerado e ele explicou-me que isso seria o mesmo que a cerveja a beber o bebedor.
Se alguém na velha Hélada dissesse uma coisa destas, numa praça, numa encruzilhada, num parque público, provavelmente as pessoas sentavam-se à roda dele para ouvir o resto da história.
Hoje é pouco provável que alguém conte uma história no meio da via pública, e ainda menos provável que alguém pare para a escutar. E a verdade é que só autorizamos o ROSS, e os seus clones das outras estações, a contar histórias: a contar a ficção quotidiana que faz parecer real o mundo real.
Mas quem conta histórias, hoje: umas gajas feias, de óculos, demasiado gordas, demasiado magras, com o cabelo mal cortado, mal vestidas, que se chamam escritoras?
Uns tipos muito chatos, carecas, mais velhos do que o Papa, com ar de padre, com ar neurótico, com a barba mal feita, a que se chamam escritores?
Nem elas nem eles. Assistimos na literatura a uma segunda história. A história da morte da história. A história que narra a impossibilidade de se contar uma história. Uns tipos pirosos escrevem "estória", é uma palavra feíssima, que não quer dizer nada. Tal como a horrível palavra cheio de sensodyne e botox, "Cantautor".
Se alguém, dispondo de um instante de lucidez privilegiado, se dispuser a ouvir uma história contada por qualquer um dos nossos cantautores é natural que daí a meio minuto fuja pela rua, com os cabelos electrocucufados, com os cabelos a correr numa realidade paralela, enquanto o desgraçado do crânio, em baixo, corre ao contrário dos cabelos, com as mãos albinas a amparar os neurónios aflitos.
E se eu afirmar que o nosso cérebro hoje é um filho cego morto pela mãe para ter sucesso será que terei o sucesso dos que fazem parabolas"? Zero sucesso pessoal, e mil sucesso institucional, para quem vier na segunda onda do inevitável plagiarismo contemporâneo?
Bem estou nas calmas. Eu disse claramente ao Mick, vivo num país impossível, mas estou sempre cinco minutos à frente da próxima moda, por isso é-me possível viver nos intervalos da falta de acção que tendem a ser para sempre.
Hoje por exemplo, Drumas, proponho-te uma Máquina Patafísica especifica para um Shiva (deus destruidor) português
O ACELERADOR
DE EFÉMEROS
Texto escrito por convidado nosso, que quer ficar anónimo e dele só diz que é, o Último Homem que Escrevia Deus no Tatoo Para Poder Passar a Um Caso.
Pedi a um amigo físico para me explicar o que aconteceria se de facto se se acelerasse à sexagésima potência cada segundo de tempo numa sociedade de tempo acelerado e ele explicou-me que isso seria o mesmo que a cerveja a beber o bebedor.
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