À PROCURA DE MIM MESMO
Só vou à praia vestido de fraque, com uma medusa na botoeira. Do largo, o peixe que vigia os nossos gestos de beleza franze o sobrolho. Nunca nada é suficientemente perfeito para ele. Só vou à praia enfeitado de gritos de afogados nos cabelos. Sou um espantalho da contemporaneidade, um páraraios das profundidades.
À minha roda há crateras, na praia. Não tenho o Olho de Apollinaire dentro de um triângulo por cima, de cima do cimo. Vê-se logo que tenho duas partes esquerdas. Piso todas as bandeiras, menos a minha - a de Jackie Logan e a de Sinbad. Agarro num búzio. É ele que me sopra. Não há jardins zens nenhuns no meu pensamento. Falo areia e vento.
À minha roda há crateras, na praia. Não tenho o Olho de Apollinaire dentro de um triângulo por cima, de cima do cimo. Vê-se logo que tenho duas partes esquerdas. Piso todas as bandeiras, menos a minha - a de Jackie Logan e a de Sinbad. Agarro num búzio. É ele que me sopra. Não há jardins zens nenhuns no meu pensamento. Falo areia e vento.
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