ESTE BLOG NÃO FAZ POLLS
Hoje vi no Home deste blog que há uma proposta para fazer POLLS.
No entanto, tenho vindo a pensar nos excessos da inter-actividade. É um novo deus? Não estaremos cada vez mais presos a consensos, a avançar sob a ditadura do marketing, ansiosamente escutando o que o público quer? Para depois em feed-back adaptativo lhe retornar o que deseja.
Desenha-se uma nova figura a POLLICE. Parece ter uma simpática cara democrática, uma inocência digital, mas prefigura um mundo de inventários, de relatórios, de interrogatório constante. Além de que substitui a introspecção e promove o Parque Humano, o Insecto Colectivo, o Despotismo da Maioria.
No Parque das Nações em que a blogosfera se pode tornar, com a POLLICE a avançar, aparentemente alargam-se os mecanismos democráticos de consulta. Parece que se comunica mais. Talvez, mas a própria hiperbóle comunicacional em que vivemos a meu ver prefigura a construção de Perfil Ideal da comunicação apoiado na POLLICE. Ou seja, numa cedência ao Gosto da Maioria, com prendas laterais para as franjas secundariamente significativas da opinião.
Por mim, prefiro pensar que a comunicação às vezes pode ser vagotónica, ou seja sibilina, envolvida em nevoeiro, não "straight to the point", labiríntica, e difícil de compreender à primeira. A cara de fácil de abrir que quase todos os produtos apresentam (como se fosse uma qualidade superlativa da sua excelência), parece-me que fomenta a gordura mental. Subir à montanha custa. Comprar um simulador de subida à montanha talvez não. Subir ou não à montanha para dar um jeito à maioria certamente é mercenário.
Prefiro um Dia de Santos Impopulares e um poeta obscuro.
No entanto, tenho vindo a pensar nos excessos da inter-actividade. É um novo deus? Não estaremos cada vez mais presos a consensos, a avançar sob a ditadura do marketing, ansiosamente escutando o que o público quer? Para depois em feed-back adaptativo lhe retornar o que deseja.
Desenha-se uma nova figura a POLLICE. Parece ter uma simpática cara democrática, uma inocência digital, mas prefigura um mundo de inventários, de relatórios, de interrogatório constante. Além de que substitui a introspecção e promove o Parque Humano, o Insecto Colectivo, o Despotismo da Maioria.
No Parque das Nações em que a blogosfera se pode tornar, com a POLLICE a avançar, aparentemente alargam-se os mecanismos democráticos de consulta. Parece que se comunica mais. Talvez, mas a própria hiperbóle comunicacional em que vivemos a meu ver prefigura a construção de Perfil Ideal da comunicação apoiado na POLLICE. Ou seja, numa cedência ao Gosto da Maioria, com prendas laterais para as franjas secundariamente significativas da opinião.
Por mim, prefiro pensar que a comunicação às vezes pode ser vagotónica, ou seja sibilina, envolvida em nevoeiro, não "straight to the point", labiríntica, e difícil de compreender à primeira. A cara de fácil de abrir que quase todos os produtos apresentam (como se fosse uma qualidade superlativa da sua excelência), parece-me que fomenta a gordura mental. Subir à montanha custa. Comprar um simulador de subida à montanha talvez não. Subir ou não à montanha para dar um jeito à maioria certamente é mercenário.
Prefiro um Dia de Santos Impopulares e um poeta obscuro.
2 Comments:
Eles até cantavam: "I'LL be watching you"__
Pois é, ao voyeur oficializado junta-se o écouteur, os tempos de ditadura da comunicação devassam tudo. O Peter Stordelitz (espero ter escrito bem) começou a compreender muito bem isso, e a perceber como as democracias actuais - não é só a nossa - se estão a tornar nas maiores polícias de que há memória. Ainda para mais tendo em conta o horizonte de liberdade de que se reclamavam.
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