A CONTÍNUA SUBVERSÃO COGNITIVA DOS SERES MENORES QUE PRECEDEM AS "FAIRIES"
"Noto em si um espírito flagelado pela tortura de Tântalo da extrema curiosidade" diz o duende trocista ao lavrador agarrado ao arado.
A seguir explica-lhe que tudo se passa debaixo do umbigo e que a maior cabeça do homem justamente é o tórax. Diz-lhe que o homem na realidade tem duas cabeças mas que infelizmente não usa nenhuma.
"Será aquele castelo roqueiro lá no alto bem erguido na penedia que te atrela a esse cornúpeto?" crocita o duende.
E mais uma vez sem resposta o lavrador coça as bolas. Não se vê nenhum Lev Tolstoi na paisagem, que lhe possa dar uma dica embora se possam ver as nuvens como as barbas do patriarca.
"Ou será porque tu tens como todos os lusos uma fidelidade canina às rotinas da tua escravatura?"
"Terás feito um pacto com o deus dos algemados à cruz e trabalhas de sol a sol para encher de gostosa gordura a barriga dos funcionários divinos?"
O lavrador contudo não consegue ver que a árvore à sua frente tem uma cabeça de leão. Só vê sulco a sulco. Assim lhe foi ensinado por toda a modernidade. Siza Vieira o tirano só quer linhas rectas e acessibilidades. Não são os aeroportos linhas rectas, bem como as autoestradas?
Mas os dons de visionário do lavrador pior do que nulos são miseráveis. Tem que chegar ao Castelo. Há lá uma garagem para o carro da filha, no sétimo andar inferior.
Apesar de o duende se preparar para lhe mostrar a força cognitiva do Lingam (já tem a mão na algibeira para de lá tirar uns trocos...) o lavrador vai continuar a Idade do Ferro, vai continuar a massacrar Gea, a terra feminina, cravando-lhe o gume do arado.
Talvez mais tarde o duende tenha sorte ao falar da leveza? Mas para quê perder tempo com lavradores? Talvez a noite escura da mente mais desprovida tenha pântanos de luz que fertilizam os Lótus?
A seguir explica-lhe que tudo se passa debaixo do umbigo e que a maior cabeça do homem justamente é o tórax. Diz-lhe que o homem na realidade tem duas cabeças mas que infelizmente não usa nenhuma.
"Será aquele castelo roqueiro lá no alto bem erguido na penedia que te atrela a esse cornúpeto?" crocita o duende.
E mais uma vez sem resposta o lavrador coça as bolas. Não se vê nenhum Lev Tolstoi na paisagem, que lhe possa dar uma dica embora se possam ver as nuvens como as barbas do patriarca.
"Ou será porque tu tens como todos os lusos uma fidelidade canina às rotinas da tua escravatura?"
"Terás feito um pacto com o deus dos algemados à cruz e trabalhas de sol a sol para encher de gostosa gordura a barriga dos funcionários divinos?"
O lavrador contudo não consegue ver que a árvore à sua frente tem uma cabeça de leão. Só vê sulco a sulco. Assim lhe foi ensinado por toda a modernidade. Siza Vieira o tirano só quer linhas rectas e acessibilidades. Não são os aeroportos linhas rectas, bem como as autoestradas?
Mas os dons de visionário do lavrador pior do que nulos são miseráveis. Tem que chegar ao Castelo. Há lá uma garagem para o carro da filha, no sétimo andar inferior.
Apesar de o duende se preparar para lhe mostrar a força cognitiva do Lingam (já tem a mão na algibeira para de lá tirar uns trocos...) o lavrador vai continuar a Idade do Ferro, vai continuar a massacrar Gea, a terra feminina, cravando-lhe o gume do arado.
Talvez mais tarde o duende tenha sorte ao falar da leveza? Mas para quê perder tempo com lavradores? Talvez a noite escura da mente mais desprovida tenha pântanos de luz que fertilizam os Lótus?
posted by Miguel Drummond de Castro | 12:28
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