DO IRREAL QUOTIDIANO
Encontramos sempre águas monótonas para empapar a nossa portugalidade, disse o sapo à feiticeira, uma lusa normal, daquelas com frigorífico ao fundo e à esquerda, e um caso camiliano com um empregado do gás ou um engenheiro-polícia.
Depois o sapo egueu-se por cima do ventre e como quem não quer a coisa disse: hoje é o aniversário da morte de Teresa de Calcutá.
- Isso já foi há três dias. Estás out of date, mano - disse a feiticeira.
A cortina que se vê sobre a cama onde este íncubo vulgar e deslustroso se passa é parte da túnica da funcionária de Deus.
- Morreu com as maminhas mirradas e fulas de nunca terem sido acariciadas, sentenciou o sapo antes de ser engolido por dezoito irmãos maristas que estavam escondidos na sombra dos armários ao fundo e à direita.
Gravura de Van Maele.
Depois o sapo egueu-se por cima do ventre e como quem não quer a coisa disse: hoje é o aniversário da morte de Teresa de Calcutá.
- Isso já foi há três dias. Estás out of date, mano - disse a feiticeira.
A cortina que se vê sobre a cama onde este íncubo vulgar e deslustroso se passa é parte da túnica da funcionária de Deus.
- Morreu com as maminhas mirradas e fulas de nunca terem sido acariciadas, sentenciou o sapo antes de ser engolido por dezoito irmãos maristas que estavam escondidos na sombra dos armários ao fundo e à direita.
Gravura de Van Maele.
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