OS CASTELOS SÃO VERDES
Dedicado a Melusina, minha remota avó
os castelos são verdes
por desilusão
não como os amores
azuis
cor de sertão
e chegam às dúzias
quando chove
porque a chuva
é um grande sultão
deles saiem pedaços
de chiclete
antigo
enquanto da Lua Vermelha
caiem mouros e fisgas
e ao fundo ao fundo
há um poço lindo
todo em chamas
como os pêlos das pernas
da Rosalina
que são verdes
como olhos de menina
e vermelhos como
tiques
de papoula
e os castelos ardem
na noite ingrata e moderna
que os coroa
de lata
e de cuspo
e eu solto-os
nas veias
porque gosto
da música das sereias
muito sós
entre as ameias
os castelos são verdes
por desilusão
não como os amores
azuis
cor de sertão
e chegam às dúzias
quando chove
porque a chuva
é um grande sultão
deles saiem pedaços
de chiclete
antigo
enquanto da Lua Vermelha
caiem mouros e fisgas
e ao fundo ao fundo
há um poço lindo
todo em chamas
como os pêlos das pernas
da Rosalina
que são verdes
como olhos de menina
e vermelhos como
tiques
de papoula
e os castelos ardem
na noite ingrata e moderna
que os coroa
de lata
e de cuspo
e eu solto-os
nas veias
porque gosto
da música das sereias
muito sós
entre as ameias
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