NÃO HÁ
não há povo para cantar
mas há moças de fina cintura
e olhos que trazem
mar
não há causas
não há futuros
mas há ainda
ninfas pelo arvoredo
e lugares de erva
e vento
onde os peitos se medem
num beijo
não há pátria
não há república
não há avós republicanos
mas há musas
e embora não haja
tusa para tanta musa
há prados há sóis
há luares e segredos
e há um país da pele
e uma doçura no ar
nos olhos e no ventre
e na mancha mais escura
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