na obscura e rápida cidade
onde hoje nada demora
em cada rosto encontro
um jardim desaparecido
e no meio do ruído contínuo
erguido contra a voz humana
em cada corpo encontro
uma câmara de tortura
só os pássaros que pousam
sobre os anúncios
vigiam a grande e clara
luz que vem do rio
máquinas doutras máquinas
toda a gente que vejo
tem a luz do sofrimento
nos olhos perdidos
e claramente vejo
estamos no pior dos tempos
o dos escravos rápidos
e dos seres dúbios
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