NOVAS DA FRONTEIRA ASTRAL E ESTRELINA
Não venhas hoje S, que a noite entrou na garrafa errada,
os alemães disparam ao longe. fazem caligrafia com balas
Uma égua gigantesca, a via láctea hoje está escura
abrimos as latas nas trincheiras com os olhos postos
numa serpente de sangue que se revolve. Não hoje não
é noite que se deseje ao cancro ou a Mefisto
deixa-me cerrar os olhos porque nesta noite
quero ser o teu Dodo, ou uma avestruz
beija-me muito nestes meus olhos sem luz, hoje,
mas que se lembram das tuas penas de mulher areia
nua na vassoura etérea, subindo pelos corredores
entre as estrelas persas e vagamontes, que se acenderam
de propósito no sítio mais improvável, dentro do sangue
Imagens: à esquerda Guillaume Apollinaire e a sua Musa (que parece um homem) por Douanier Rousseau, e à direita as armas dos Koprowitzki - o lado materno de Apollinaris. Heráldica apropriada, indicando a Serpente Coroada, momento alquímico, que precede o desfazer-se da coroa e o Adquirir de Aza - hiperactivando a nobreza.
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