SERENAMENTE ALUCINO
se eu tivesse um rosto sereno e magro
por ti, a quem tudo parece névoa,
quebraria as minhas mãos
para que fossem pedra
no jardim dos teus silêncios
e se eu tivesse um corpo de deus grego
na manhã quando os animais despertam
rasgaria um pedaço de nuvem
e tomando-o como coração
depô-lo-ia diante das tuas
sombras desertoras
mas ai de mim acordo lama e súlfuro
nas águas pardacentas do espelho
vejo um peixe lento, o meu olhar,
boiando no mar vermelho
de cada saudade imensa
imensamente apunhalada
por questão de método
mas depois disso é estranho e raro
que tu a quem tanto queria em névoa
de repente entres pela porta
como dois bigodes de gata que
se enganou de estação no metro
por ti, a quem tudo parece névoa,
quebraria as minhas mãos
para que fossem pedra
no jardim dos teus silêncios
e se eu tivesse um corpo de deus grego
na manhã quando os animais despertam
rasgaria um pedaço de nuvem
e tomando-o como coração
depô-lo-ia diante das tuas
sombras desertoras
mas ai de mim acordo lama e súlfuro
nas águas pardacentas do espelho
vejo um peixe lento, o meu olhar,
boiando no mar vermelho
de cada saudade imensa
imensamente apunhalada
por questão de método
mas depois disso é estranho e raro
que tu a quem tanto queria em névoa
de repente entres pela porta
como dois bigodes de gata que
se enganou de estação no metro
1 Comments:
Com os bigodes, a gata sabe onde pode entrar (e ficar). Raro, mas talvez não tão estranho__
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