NOITE DE UIVOS CANINOS E MEUS
Passei a noite a ouvir os cães a uivar: atirei-lhes pedras, rugi poemas, falei das certezas de sangue do outro lado do luar, mas não se calaram. Só quando subi nas escalas tónicas dos uivos e me deixei levar pela claridade lúgubre da vibração é que soube que falavam de como é acintosamente triste a vida dos últimos animais.
Por fim, nu, caiado pelo luar frio e ardente, juntei-me a eles, com as minhas gotas de ignorante dos caminhos da Rosa.
Por fim, nu, caiado pelo luar frio e ardente, juntei-me a eles, com as minhas gotas de ignorante dos caminhos da Rosa.
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