OS GATOS TEM OS SEGREDOS DE MATISSE
E agora que me preparava para escrever sobre o Plaxo, o Facebook e o Twitter e a nova webcracia atravessou-se no caminho a fita métrica extensível do ALVESS.
Personagem discretíssimo, antes de morrer abriu a boca para dizer: falta só um milímetro.
O seu nome banal e surpeendente ALVESS encerrava e abria a sua obra. Não seria uma simples obra plural, seria multiplural, evasiva, supremamente irónica - de uma ironia desconhecida em Portugal - aquela que se serve gelada, sem sarcasmo opinativo pelo meio.
E agora levaram-no os anjos com cara de tubarão. Porque ele viu como um colt 45, com a rapidez com que Clint Eastwood o sacava e viveu cheio de golpes de rins como o melhor dos UPAE (Único Puglilista Absolutamente Esqueleto=
Tal como Ducasse, grande pepino ártico com o dorso mulitfacetado por lâminas de Iboga (curiosa planta...), ALVESS em vida já tinha milhares de orfãos e preparava-se para deixar Portugal mais perto da Atlântida - enfim de uma certa luz persistente da Atlântida que ainda circula em pura transgressão, apesar do socialismo e dos últimos freudianos.
Etiquetas: Modern Art. New and Old Freudians. Epistemological Stalkers
2 Comments:
Por acaso, eu não conheço esse casal. Cheguei ao "Olhar de Ulisses" porque na altura era amigo de outro casal (Saguenail e Regina Guimarães), com quem agora não mantenho relações, e que também faziam parte desse projecto.
Francamente, acho que os textos que publiquei aí eram mauzinhos (eu estava em fase down). Escrevi um texto inane sobre um dos realizadores que mais amo (o Murnau) e uma coisita mais fresca sobre o Hitchcock (em que o acusava de ser lírico...).
Enfim, coincidências.
Eu escrevi no nº2, sobre um dos últimos mudos a ser rodados, The Wind, do Vítor Sjostrom (com trema no primeiro O!. O texto ainda está apresentável.
E adorei estar no Porto durante o festival. Depois dos filmes da manhã e do almoço íamos ao Majestic...
Miguel
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