OUVINDO DIZER QUE A MARIA JOÃO PIRES RENUNCIA À NACIONALIDADE PORTUGUESA
Chego a uma cidade, dirigo-me à estação de comboios
e como num filme desapareço dentro de um quadro improvável
de magritte. A imprensa não me procura, a televisão
de mim não sabe, e o povo não me procura para rei
ou oráculo. O comboio continua a andar, e começa
a chegar a cidades diferentes. Faço birras com a comida
que servem no comboio. Vejo peixes estranhos
à janela da carruagem que seguem o comboio com olhos
imensos e nisteriosos. Depois há cidades-alga, cidades-pedra-
Sou desconhecido em todas elas. Fecho os olhos e decido:
Descerei numa cidade improvável como a poesia.
E assim faço. O primeiro que vejo são seres oblíquos.
E entro numa Praça chamada Praça da Transcendência.
Não era bem isto que eu queria. Onde fica o bar? A eternidade?
Etiquetas: Maria joão pires renuncia, Maria João Pires so long
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