O CORCUNDA HÍLARE
Queria demonstrar que uma corcunda é um relógio de água, por isso atirou-se ao rio vestido de Juiz do Supremo - dizia se eu morrer o meu Pénis subirá ao céu - dizia o meu país é um simulacro como todos os outros. Por isso esmerei-me muito na construção de pára-raios.
Enquanto o corcunda se afundava no rio, nós atiçados por filmes com polícias e sombras negras atirávamos-lhe pedras contra a cabeça na esperança de lhe partir um ou três cornos. Mas só conseguimos encher o seu manto de magistrado de perfumes. Por isso, o corcunda hílare parou a meia altura do rio, antes de bater no fundo, onde estavam paginas dolorosas de zerlina, e delírios austríacos sobre o estado misfit deliberado da nova identidade trans-europeia.
Etiquetas: La Gorgone Vous Dit l'Heure
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