Chips, controle, Ur-Stat
"O Sistema de Identificação de Caninos e Felinos entrou em vigor no nosso país em 2004 e tem como objectivo a identificação electrónica de cães e gatos e o seu registo numa base de dados nacional a que se dá o nome de SIRA - Sistema de Identificação e Registo de Dados.
O método consiste na aplicação subcutânea de um mircrochip, que tem o tamanho de um bago de arroz e contem um código de identificação de leitura óptica, o qual passará a constar de uma base de dados nacional, onde constará também a identificação do seu detentor..."
( in Revista Zoocultura, sem data, semestral, distribuição gratuita, tiragem média 40.000 exemplares)
O que está em jogo nesta prosa ensossa de burocrata identitário? (semellhante em estilo e conteúdo a instruções aos guardas do Gulag)
Primeiro chipam-se os cães e gatos (sem se lhes ter pedido a opinião, sendo que a opinião vigente, proto-cartesiana *, radica nos pressupostos nunca demonstrados da Ideologia da Incontestável Superioridade Racional do Homem sobre o animal), a seguir far-se-á o mesmo aos "juniores" humanos, e mais tarde a toda a população, que entrará assim na era da Optimização do Contrôle Máximo.
* René Descartes pensava que os animais são autómatos
.
A ideologia vigente, um fundamentalismo tecnicista, que suporta quase todo o já senil "discurso de modernização", aplaude mais esta proeza técnica, a introdução de um chip por via subcutânea, o primeiro passo na construção de um cyborg . À revelia da opinião de todos os felinos e canídeos lança-se mais esta pedra para a "modernizacão do país". Também não foram consultados os "donos" dos animais em causa.
Imagine-se amanhã o Sistema de Identificação de Dissidentes e de Críticos do status quo. Não está assim tão longe. O actual imperialismo socialista tende para o Ur-Stat. A normalização de todos, o contrôle, as "racionalizações".
O método consiste na aplicação subcutânea de um mircrochip, que tem o tamanho de um bago de arroz e contem um código de identificação de leitura óptica, o qual passará a constar de uma base de dados nacional, onde constará também a identificação do seu detentor..."
( in Revista Zoocultura, sem data, semestral, distribuição gratuita, tiragem média 40.000 exemplares)
O que está em jogo nesta prosa ensossa de burocrata identitário? (semellhante em estilo e conteúdo a instruções aos guardas do Gulag)
Primeiro chipam-se os cães e gatos (sem se lhes ter pedido a opinião, sendo que a opinião vigente, proto-cartesiana *, radica nos pressupostos nunca demonstrados da Ideologia da Incontestável Superioridade Racional do Homem sobre o animal), a seguir far-se-á o mesmo aos "juniores" humanos, e mais tarde a toda a população, que entrará assim na era da Optimização do Contrôle Máximo.
* René Descartes pensava que os animais são autómatos
.
A ideologia vigente, um fundamentalismo tecnicista, que suporta quase todo o já senil "discurso de modernização", aplaude mais esta proeza técnica, a introdução de um chip por via subcutânea, o primeiro passo na construção de um cyborg . À revelia da opinião de todos os felinos e canídeos lança-se mais esta pedra para a "modernizacão do país". Também não foram consultados os "donos" dos animais em causa.
Imagine-se amanhã o Sistema de Identificação de Dissidentes e de Críticos do status quo. Não está assim tão longe. O actual imperialismo socialista tende para o Ur-Stat. A normalização de todos, o contrôle, as "racionalizações".
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