Depois de ver uns prós e contras com Aznar
toda esta gente que se junta para falar do futuro da economia tem um ar vendido, vendável, vendedor - porque não falam do futuro dos ornitorrincos, das quimeras das anénomas, dos passos em falso na evolução dados pelo marsupial?
a mim o futuro, pelo menos o futuro da economia não me interessa. preocupar-me com a taxa de crescimento, com o juro, com a percentagem? quero ver a parede cheia de líquenes, bater à porta de uma constelação, ser tragado por um tsunami e não esperar a ajuda internacional
apenas a ajuda dos oito tentáculos de um polvo, o beijo da grande cachalota, a calamidade das estrelas do mar, o salto dialético do cavalo marinho
não me tragam a constelação do euro, nem a cara dos grandes negociantes do momento: antes os árabes andaluzes de outrora, com a luneta assestada sobre estrelas azuis e campos de milho negro, com corvos azuis crocitando medonhamente sobre um campo rubro pelo sangue das grandes fugas do crepúsculo sobre a cabana das estalactites
eu quero ver a andaluza em flor, a dançarina, a abominável mulher das neves com o seu circo de duendes pérfidos, sorrindo entre as novas rápidas ruínas desta civilização que cai e não cintila
a mim o futuro, pelo menos o futuro da economia não me interessa. preocupar-me com a taxa de crescimento, com o juro, com a percentagem? quero ver a parede cheia de líquenes, bater à porta de uma constelação, ser tragado por um tsunami e não esperar a ajuda internacional
apenas a ajuda dos oito tentáculos de um polvo, o beijo da grande cachalota, a calamidade das estrelas do mar, o salto dialético do cavalo marinho
não me tragam a constelação do euro, nem a cara dos grandes negociantes do momento: antes os árabes andaluzes de outrora, com a luneta assestada sobre estrelas azuis e campos de milho negro, com corvos azuis crocitando medonhamente sobre um campo rubro pelo sangue das grandes fugas do crepúsculo sobre a cabana das estalactites
eu quero ver a andaluza em flor, a dançarina, a abominável mulher das neves com o seu circo de duendes pérfidos, sorrindo entre as novas rápidas ruínas desta civilização que cai e não cintila
2 Comments:
Caro Miguel:
É muito oportuno o seu comentário na era das profundas alterações climétricas, resultantes dos grandes estragos que os agentes da economia de sucesso têm cimentado.
Mas alegremo-nos, também eles, um dia, sucumbirão sob as dentuças afiadas das larvas. Não tenho é a certeza de que alguma cobertura vegetal luminosa deseje crescer-lhes em cima.
enquanto aguardamos a dentuça dos vermes, há uma certa ironia em contemplar o "finis industriae" e todos os missionários industriais de fato cinzento
Sucesso ou subcesso?
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