Benvindo ao silêncio autoritário do igualitarismo

No mundo animal parece que apenas as formigas, Insecto Colectivo por excelência, adoptam a postura da "bicha".
Paradoxal chamar bicha a uma coisa que não tem nada de bicho?
A bicha, como elemento civilizador despótico para proteger os direitos de primazia temporal dos mais fracos e de quem "chegou primeiro", leva àquilo que a defesa autoritária dos mais fracos em geral formata: torna a todos mais fracos em nome da protecção do fraco.
Inspirada nos valores funcionalistas (e autoritários) da linha recta a bicha impede o turbilhão de movimentos que caracteriza um corpo livre, um corpo rebelde.
Os corpos submissos sentem-se bem na bicha - a ordem reina, pode-se beijar a mão do rei um de cada vez, beijar as sandálias do papa um de cada vez, lamber o selo fiscal e lamber o cu linear do sistema burocrático um de cada vez.
O antagonista da "bicha" seria a horda mongol, em que um belo caos imaprável desorganizaria o quadriculado metódico da Ordem do Império. Por isso o saudável retorno do nómada põe sempre em cheque e situação admirável de ocaso o status quo.
Troca-o, com uma rosa carnívora atravessada na boca, pelo status quid. Entretanto, os santos podem ficar de mãos unidas nos seus túmulos junto dos reis.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home