Benvindo ao silêncio autoritário do igualitarismo
A unidade despótica mínima do mundo contemporâneo, aquela que representa a pulsão militarista, a ordem religiosa e escolar e a obediência cega à temporalidade é a "bicha", a fila.
No mundo animal parece que apenas as formigas, Insecto Colectivo por excelência, adoptam a postura da "bicha".
Paradoxal chamar bicha a uma coisa que não tem nada de bicho?
A bicha, como elemento civilizador despótico para proteger os direitos de primazia temporal dos mais fracos e de quem "chegou primeiro", leva àquilo que a defesa autoritária dos mais fracos em geral formata: torna a todos mais fracos em nome da protecção do fraco.
Inspirada nos valores funcionalistas (e autoritários) da linha recta a bicha impede o turbilhão de movimentos que caracteriza um corpo livre, um corpo rebelde.
Os corpos submissos sentem-se bem na bicha - a ordem reina, pode-se beijar a mão do rei um de cada vez, beijar as sandálias do papa um de cada vez, lamber o selo fiscal e lamber o cu linear do sistema burocrático um de cada vez.
O antagonista da "bicha" seria a horda mongol, em que um belo caos imaprável desorganizaria o quadriculado metódico da Ordem do Império. Por isso o saudável retorno do nómada põe sempre em cheque e situação admirável de ocaso o status quo.
Troca-o, com uma rosa carnívora atravessada na boca, pelo status quid. Entretanto, os santos podem ficar de mãos unidas nos seus túmulos junto dos reis.
No mundo animal parece que apenas as formigas, Insecto Colectivo por excelência, adoptam a postura da "bicha".
Paradoxal chamar bicha a uma coisa que não tem nada de bicho?
A bicha, como elemento civilizador despótico para proteger os direitos de primazia temporal dos mais fracos e de quem "chegou primeiro", leva àquilo que a defesa autoritária dos mais fracos em geral formata: torna a todos mais fracos em nome da protecção do fraco.
Inspirada nos valores funcionalistas (e autoritários) da linha recta a bicha impede o turbilhão de movimentos que caracteriza um corpo livre, um corpo rebelde.
Os corpos submissos sentem-se bem na bicha - a ordem reina, pode-se beijar a mão do rei um de cada vez, beijar as sandálias do papa um de cada vez, lamber o selo fiscal e lamber o cu linear do sistema burocrático um de cada vez.
O antagonista da "bicha" seria a horda mongol, em que um belo caos imaprável desorganizaria o quadriculado metódico da Ordem do Império. Por isso o saudável retorno do nómada põe sempre em cheque e situação admirável de ocaso o status quo.
Troca-o, com uma rosa carnívora atravessada na boca, pelo status quid. Entretanto, os santos podem ficar de mãos unidas nos seus túmulos junto dos reis.
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