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2006-11-16

O PAI NATAL DO PAI PORKÊRA


Foi o Lavrador Zé Porkêra que me alimbrou, e que numa rajada de Santa Ira me comunicou o seguinte _


Salve-se quem puder! vem aí o Pai Natal. Quando é que o mês de Dezembro deixará de ser horrível? Quando é que o Nosso Salvador nos dará uma caixote de lixo para dar sumiço aos mil e um presentes de Natal que não queríamos, que não pedimos, que foram comprados no tudo a trezentos, que eram destinados a outra pessoa e acabaram nas nossas mãos, que tem um papel irritante, que tem um papel lindo de mais por fora e era a única coisa linda no embrulho, que tem dentro uma colecção de sogras sorridentes para pendurar na sala.

Salve-se quem puder! a cidade vai estar toda iluminada pelos comerciantes, luzes simétricas, árvores de natal brilhantes e abstractas! Músicas americanas. Quero ficar surdo de cada vez que ouvir Jingle Bellls, Jingle Bells. Mas porque puseram o demónio do consumismo dentro das palhinhas? Vai-se ouvir Ho HO HO por todo o lado. Bondosos desempregados sexagenários vestidos de vermelho com falsas barbas brancas oferecerão sorrisos às crianças. Bondosas senhoras comprarão macarrão do mais barato, arroz produto branco, miseráveis bolachinhas triunfo, latas de atum escuro, chouriço do baratucho, bacalhau mas não do alto e espumante inda abaixo do raposeira para dar bodos aos pobres e voltarão de alma tranquila e lavada para casa comer perú de plástico, engordado a penicilina, massacrado num cativeiro e agora vamos cantar isto e depois aquilo.

mas quem é que teve o péssimo gosto de nascer em Belém, é lá terra em que se nasça? Não teremos trocado tudo. Deve ter sido noutra estrada. Estava lá pouca gente, uns pastores a cheirar a bedum de ovelha, mas a que pode cheirar um pastor? A Chanel for man concerteza que não. Cheiravam tão mal que o cheiro a bedum ficou a perdurar durante dias e dias. Depois vieram os magos. Atrasados como o caraças. Mas traziam umas rudes coisas fixes da bué. Incenso a sério, nada dessas porcarias das lojas chinesas que fazem rinite. Ouro, claro que é o que se deve dar para um menino nobre e digno comprar os seus presentes depois, e meter o resto na caixa de aforro. E trouxeram mirra. Fantástica, a mirra. Cheira bem, cheira a belém? Não!!! cheira a Oriente antes dos SMS e dos bluejeans e do boné de pála e dos paypal. É um cheiro fortíssimo, se não gostas ficas velho, careca, feio, barrigudo e pior, mirrado. (Pôr no feminino que ele há muitas barrigudas. São as que põem as lâmpadas de Natal, não as que acenderam as candeias do entendimento)


Nota de Laird Drummond, clan chief do sept Drummond dos lusitanos - Não era para ser tão longo! Zé Porkêra! PORKÊRA?? Enfim tive que trazer o Obélix cá do blog para amordaçar o Porkêra e pendurá-lo na árvore do Carvalho sagrado. Que desplante! Que ousadia! Mais uma vez: que despautério na linguagem! Que apocalismos! Que de injúrias à nobre classe comerciante que nos alumia e beneficia, iluminando as ruas. Ora saibamos ser agradecidos aos Illuminatis, nobres liberais, saudável concorrência. Sus! seu rural, fique aí pendurado nessa nossa árvore de Natal, e que é isso agora ? Nada de deitar a língua de fora.

Booooink tramstrampampreg.

Porkêra foi amordaçado.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Natal de que tanto gostava tornou~se um culto satânico, um culto a Mamon, deus do dinheiro. E deiva~se inventar um nome para o demónio do consumismo.

Talvez o sr. Drummond esteja mais perto do espírito de Natsl que muito bom crente.

6:42 da tarde  

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