O VENENO DO MAR
Só queria ser um alambique, pingar sol pela boca, navegar no infinito álcool. Mas o mar foi subvertido, o medronho perdeu-se num mau sonho alemão. E os meus cantores do meu país arranham-se uns aos outros, cantam para os seus espelhos.
E o Poço em Chamas? O Poço Voador? oh ainda tenho os meus seixos no lago, e o fogo de uma Senhora que me chama para outro fulgor, longe, longe dos dias maldizentes.
Entretanto passem com cuidado pelas minhas sombras, tudo o que vi ficou vivo, tudo o que vi me tornou mais claro e mais obscuro. Tenho o sangue dos veios da noite, bebo o veneno do mar.
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