O INVERNO EM PEQUIM
A nossa patusca embaixada a Pequim, que mostrou um ministro em desfasamento ideológico com o socialismo, e um primeiro ministro em forma, a correr, num inefável fato de treino cinzento (ton-sur-ton para dar com a massa cerebral), numa praça parecida à de Tianamen, fazendo publicidade à Adidas, não foi assim tão má como diz a imprensa, que anda "desassuntada" como diz o prime minister.
Pelo menos, o primeiro ministro corre. Por exemplo, o nosso Patriarca nem cinco metros era capaz. Caía logo de pernas para o ar, a gotejar nicotina até pelos canais do epidídimo (que dê-se-lhe o benefício da dúvida, também terá).
Não interessa que o Prime Minister dos Chins não estivesse lá, nem os oficiais mais altos da sua corte de Imperador Socialista da Peoples Republic of China. Há imensos funcionários, na China, não tão altos, mas suficientemente altos para receber uma embaixada dos bárbaros brancos de narigão comprido, que iam lá vender a mão de obra nazional. (Pinho, não tem nariz comprido, pelo contrário, quase nem tem nariz, e foi olhado com desconfiança pelos Chins, convencidos que era um impostor, um falso bárbaro branco.)
Enfim lá se deu de comer a uns quantos microfones (A SAPO avia-se na China. O meu Octal A 460 de infame memória que o diga), veio tudo, segundo Porkêra em páginas tão interiores que não era nada fair-play da parte deles, dado o destacão que aqui se deu.
Não fora o Ministro Pinho, até aqui na nossa querida terra de maledicentes e de invejosos, e de aponta-o-dedo essa embaixada teria passado desapercebida.
Mas aqui para o nosso querido Alentejo a embaixada foi positiva.
Ah , interrupção. Finalmente temos o Porkêra em linha.
Alò Porkêra?
- Tã bão.
- O quê?
- Encontrê aqui uma camada de gajos de Borba que é um disparate.
- Ui!
- Temos andado muito adivertidos.
- Estamos em directo, Porkêra. essa ortografia!
- Sabe que a Adega de Borba fez um negocião?Pelo menos, o primeiro ministro corre. Por exemplo, o nosso Patriarca nem cinco metros era capaz. Caía logo de pernas para o ar, a gotejar nicotina até pelos canais do epidídimo (que dê-se-lhe o benefício da dúvida, também terá).
Não interessa que o Prime Minister dos Chins não estivesse lá, nem os oficiais mais altos da sua corte de Imperador Socialista da Peoples Republic of China. Há imensos funcionários, na China, não tão altos, mas suficientemente altos para receber uma embaixada dos bárbaros brancos de narigão comprido, que iam lá vender a mão de obra nazional. (Pinho, não tem nariz comprido, pelo contrário, quase nem tem nariz, e foi olhado com desconfiança pelos Chins, convencidos que era um impostor, um falso bárbaro branco.)
Enfim lá se deu de comer a uns quantos microfones (A SAPO avia-se na China. O meu Octal A 460 de infame memória que o diga), veio tudo, segundo Porkêra em páginas tão interiores que não era nada fair-play da parte deles, dado o destacão que aqui se deu.
Não fora o Ministro Pinho, até aqui na nossa querida terra de maledicentes e de invejosos, e de aponta-o-dedo essa embaixada teria passado desapercebida.
Mas aqui para o nosso querido Alentejo a embaixada foi positiva.
Ah , interrupção. Finalmente temos o Porkêra em linha.
Alò Porkêra?
- Tã bão.
- O quê?
- Encontrê aqui uma camada de gajos de Borba que é um disparate.
- Ui!
- Temos andado muito adivertidos.
- Estamos em directo, Porkêra. essa ortografia!
- Explique. Explique.
- A Adega de Borba assinou um contrato e vai vender vinho para a China!
- Mas que noticião, Porkêra!
- E temos andado a bebê-lo aqui com uns funcionários chinocas que andam sempre connosco. Isto é muito policiado. Cada um de nós tem dois guardas visíveis, plo menos, fora o resto, porque eu e os gajos de Borba somos um seis ou sete, mas quando saímos juntos com a nossa polícia somos para aí uns cem!
- É o comunismo puro e duro. Não dá para andar só.
- Mas também gostam de pinga. Ontem fazemos uma pandega famosa.
- A ortografia, Porkêra, a ortografia!
- E babemos todos os garrafões.
- E O Pinho?
- Nãm bebe.
(Agora que estava a ficar interessante foi-se a chamada ao ar. Só tinha três érios-)
Fotografia: Sineense apoiante de Sines, Centro PetroQuímico.
posted by Miguel Drummond de Castro | 12:51
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