JÚBILO DE FAUNO SOLITÁRIO
Maravilham-me os meus cascos de fauno
a terra morde-os com boca de rosas
saí nu pela manhã ardente
vi maçãs, laranjas, pomos de ouro
e as cores das maravilhas
zebraram-me a pele
outro Solstício no meu labirinto
vogou até mim com as velas
abertas como uma noiva da imensidão
e eu fui relinchado pelas nuvens
salpicado do pó do sete estrelo
sagrado por Zeus! por Véstia
perfumado
tomei morada neste andar nómada
incerto, sem objectivo nem destino
e um arrepio abala-me a coluna
uma flor de mil pétalas
sopra-me uma brisa fresca
no alto do crânio
mas que vida linda a minha
salto penhascos, cheiro estevas,
os arco-íris da relva negra
acariciam-me a pelagem
vida de sábio em Atenas
não quero, mas quero a túmida
azeitona, a sua carne, o sexo
de cada árvore, depois
dos jogos gregos e dos prazeres
latinos, o vento alcíone!
e a corrida em pólen puro
até junto dos flancos
da deusa, a que se dobra a rir
com os mamilos duros,
entesados pelas asas
das borboletas, asas rijas
de mestras de navios da folhagem.
errância pura, irresponsabilidade
do desejo, desporto puro
e soa-me o mar nas veias
e de vinho enchem-se-me
as praias do cérbero
que novidade em tudo!
tiro êxtase de cada gesto
movo-me sob o sol exaltado
levei o mercúrio à fonte
abri a teta de maio espigado!
a terra morde-os com boca de rosas
saí nu pela manhã ardente
vi maçãs, laranjas, pomos de ouro
e as cores das maravilhas
zebraram-me a pele
outro Solstício no meu labirinto
vogou até mim com as velas
abertas como uma noiva da imensidão
e eu fui relinchado pelas nuvens
salpicado do pó do sete estrelo
sagrado por Zeus! por Véstia
perfumado
tomei morada neste andar nómada
incerto, sem objectivo nem destino
e um arrepio abala-me a coluna
uma flor de mil pétalas
sopra-me uma brisa fresca
no alto do crânio
mas que vida linda a minha
salto penhascos, cheiro estevas,
os arco-íris da relva negra
acariciam-me a pelagem
vida de sábio em Atenas
não quero, mas quero a túmida
azeitona, a sua carne, o sexo
de cada árvore, depois
dos jogos gregos e dos prazeres
latinos, o vento alcíone!
e a corrida em pólen puro
até junto dos flancos
da deusa, a que se dobra a rir
com os mamilos duros,
entesados pelas asas
das borboletas, asas rijas
de mestras de navios da folhagem.
errância pura, irresponsabilidade
do desejo, desporto puro
e soa-me o mar nas veias
e de vinho enchem-se-me
as praias do cérbero
que novidade em tudo!
tiro êxtase de cada gesto
movo-me sob o sol exaltado
levei o mercúrio à fonte
abri a teta de maio espigado!
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