CAMINHO NERVOSAMENTE DE NOITE
é muito tarde e está muito escuro
chove na minha alma
como chove na cidade
sou um peregrino eterno
e parto sempre
para onde não me procuro
é muito tarde e a noite tem
demasiado brilho
há uma estátua ao longe
que se move e um automóvel tirano
que a intercepta e agora todo
o sangue tem lume
é muito tarde e todos os barcos
fui eu que os quebrei no rio
vagas e lumes sobem
pela rua e eu vejo-me
em cada pedra em fuga
e no coração violado
de cada desaparecida
é muito tarde e atirei
fora as asas e um livro raro
não quero ouvir fado
não quero ouvir fado
quero ver o corvo
que vira a noite e a muda
chove na minha alma
como chove na cidade
sou um peregrino eterno
e parto sempre
para onde não me procuro
é muito tarde e a noite tem
demasiado brilho
há uma estátua ao longe
que se move e um automóvel tirano
que a intercepta e agora todo
o sangue tem lume
é muito tarde e todos os barcos
fui eu que os quebrei no rio
vagas e lumes sobem
pela rua e eu vejo-me
em cada pedra em fuga
e no coração violado
de cada desaparecida
é muito tarde e atirei
fora as asas e um livro raro
não quero ouvir fado
não quero ouvir fado
quero ver o corvo
que vira a noite e a muda
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