SEBASTIANISMO REVISTO
Todos os homens que tem saudades de D. Sebastião são D. Sebastião diante do deserto
Um só gesto de espada acende fogueiras para séculos
A literatura anula e inicia todos os mitos, por isso ela é dispensável
Vivi pouco, cavalguei demasiado
No fundo trouxe comigo, a flor da juventude de Portugal, mais de duzentos moços-fidalgos todos com as suas guitarras, e ofereci-os às areias sem fim de Marrocos - só as areias são lendárias, não tivessem elas pó de estrela, a sílica que tudo regista
A noite nunca diz nada e a eternidade é muda, mas periodicamente partimos ao assalto delas, com um secreto brilho nos olhos
os heróis dos romances, porque a vida é uma mentira partilhada, são sempre mais verdadeiros do que os outros que os mares e os húmus tragam
as catedrais amam as simetrias e as filas paralelas de bancos corridos, não assim as ondas
depois de uma grande desastre militar as lágrimas amargas das mulheres amaldiçoam as vinhas
quanto mais quis mergulhar no esquecimento mais a glória me rodeou, mas evitei o seu abraço de ouro desaparecendo periodicamente
um homem do último ouro não deixa pégadas e muito menos marcas
eu desfiz-me como a Fénix que triunfa
há um momento em que todo o brilho é treva ardente
a asa de uma águia, depois dos estandartes queimados, leva-me ao ponto seguinte do Monte das Transformações
Um só gesto de espada acende fogueiras para séculos
A literatura anula e inicia todos os mitos, por isso ela é dispensável
Vivi pouco, cavalguei demasiado
No fundo trouxe comigo, a flor da juventude de Portugal, mais de duzentos moços-fidalgos todos com as suas guitarras, e ofereci-os às areias sem fim de Marrocos - só as areias são lendárias, não tivessem elas pó de estrela, a sílica que tudo regista
A noite nunca diz nada e a eternidade é muda, mas periodicamente partimos ao assalto delas, com um secreto brilho nos olhos
os heróis dos romances, porque a vida é uma mentira partilhada, são sempre mais verdadeiros do que os outros que os mares e os húmus tragam
as catedrais amam as simetrias e as filas paralelas de bancos corridos, não assim as ondas
depois de uma grande desastre militar as lágrimas amargas das mulheres amaldiçoam as vinhas
quanto mais quis mergulhar no esquecimento mais a glória me rodeou, mas evitei o seu abraço de ouro desaparecendo periodicamente
um homem do último ouro não deixa pégadas e muito menos marcas
eu desfiz-me como a Fénix que triunfa
há um momento em que todo o brilho é treva ardente
a asa de uma águia, depois dos estandartes queimados, leva-me ao ponto seguinte do Monte das Transformações
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