NOTE BOOK DE HAI KAIS DESENROLADOS EM NOITES NO ALENTEJO
O limão sobre o muro de cal
e reflexos de lua, alfange ideal,
sobre os olhos calmos da gata
poços de estrelas na noite alta
há muito mais sombras no vento
agora que é a hora dos mochos
seguiu-me uma rapoza quando subi
pela colina até à poterna do castelo
ela também sabe de açoteias e lugares de brilho
o que agita as canas o mesmo o faz
à mente, de resto somos seres breves
separados pela eternidade
de dia as sirenes dos bombeiros lançaram
um piscar de olho à coluna de fogo
agora de noite lançam-se em banhos estrelinos
eu estrangeiro em todo o lugar abro
com o maior cuidado as portas dos bosques
depois entro pela chave dos pássaros adormecidos
que bom ver devagar uma princesa de braços
estendidos como um barco a entrar no roseiral
de noite todas as sombras criam
o ar vivo bebe os pulmões e eu como um bandido
lambo o mel por um punhal - havias de ver
as vespas que caiem de detrás da lua
saibamos endoidecer os dias e as pontes depois
do pesadelo - os dias mais claros tem no centro
uma mancha escura, como as mulheres vivas
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