/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: O LAMELOCENTRÍDEO

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2008-03-04

O LAMELOCENTRÍDEO


Correio da Manhã – Vai criar um partido?

Rui Marques – Sim. Está iniciado um movimento para formar um novo partido em Portugal. Vai-se chamar Movimento Esperança Portugal, a sigla é MEP, e o slogan é ‘Melhor é Possível’.

Já o inefável Guia dos Povos em Marcha Para a Auto-determinação das Auto-estradas, o inimitável Sócrates imitou Obama, com o seu Yes we can! Agora, psitacídeo como um bom português, Rui Marques que passaremos a chamar Rui Marx apresenta o slogan "Melhor é Possível".
A Era não vai sem publicidade, sem slogan. Copiam-se uns aos outros, sem problemas.

E isto é que é imaginação, melhor dito, verdadeira economia da imaginação: A sigla é MEP, o slogan é MEP. Great Marx!

O futuro cidadão carneiro dirá MEP MEP, em vez de mée-mée.



– Não vai contra a maré ao querer criar um novo partido?

– Contra a maré, seguramente, mas esta é uma decisão fundamental.


Contra a maré, o caraças! Vai perfeitamente a favor da maré, dadas as taxas de abstenção existentes e a descrença nos políticos actuais todos contaminados, e o desejo formulado em todos os tons que se crie um novo partido - já se tinha percebido isso com a candidatura oblíqua de Manuel Alegre. Só mesmo um cego surdo mudo é que não perceberia que os portugueses queriam um novo partido.

A política é o terreno onde se joga, de forma decisiva, a construção do bem comum.

A política não é um terreno, é uma ficção. Uma forma de escrita, onde imperam os péssimos escritores e os publicitários que criam mantras hipnóticos.


– Como se define o MEP?

– O MEP pretende ser um projecto político de centro. Ao centro do espectro político. Hoje em dia a divisão direita/esquerda coloca-se muito em causa.

Os partidários do centrão esvaziam a direita e indefinem a esquerda. Como tentáculos globalizantes fazem desaparecer os confrontos extremos. Água chilra, marinheiros de água doce, opiniões mornas e moderadas.

Os valores de missão do movimento colocam-no, claramente, ao centro, se quisermos entre o PS e o PSD.

Valores de missão do movimento!...Ou seja um partido missionário, à partida.

Se quisermos, porque o centro é o melhor local para construir pontes

Perigosa metáfora, o Sócretinas anda danadinho por construir pontes. Àparte isso uma frase balela.

. Estaremos sempre muito centrados em contribuir para unir, em vez de fracturar.

O unionismo. O centro centrado. Não fractura une. Deve estar a falar para mongolóides. No que tem muita razão, os portugueses são politicamente mongoloides.

Depois, é um movimento humanista. Defendemos uma visão de sociedade onde o homem é o princípio e o fim da razão de ser da organização social, do Estado, do desenvolvimento social.

Preferia uma visão de sociedade onde o gato e o pássaro, a serpente e o cavalo, o golfinho e o lobo fossem o princípio e o fim da razão de ser da organização social, do Estado e do desenvolvimento social.

Já agora lembra-se ao Rui Marx que já cá houve um partido com projecto de união, chamava-se União Nacional. Albergava, no ideal, todas as correntes. Defendia o homem orgânico dentro do quadro de um Estado Orgânico.


– Quem integra o MEP?

– Há um grupo de sessenta pessoas, cidadãos comuns, na sua maioria entre os 30 e os 50 anos, de vários pontos do País.

Cidadãos comuns tem ideias comuns, ou seja, agitam lugares comuns e sai uma coisa comum. Quando há tanta precaução em ser comum e normal entra-se claramemte nas patologias da normalidade.

Que pena não haver cidadãos incomuns que tirassem este país da tirania benfeitora da comunidade com um programa incomum, decisivamente fracturante.

– São pessoas de direita, de esquerda, Maria José Nogueira Pinto integra esse grupo?

– É bom esclarecer que este não é um projecto de direita, este não é um projecto católico – não há partidos católicos –,

Ai não que não há! Chame-lhe se quiser de "inspiração católica".



não é um projecto que nasce para combater o aborto, não é um projecto que tem figura A, B, ou C.


Um projecto infigural, portanto. Não terá as figuras A, b ou C mas terá as figuras D, F ou G.


Este é um projecto da política de esperança

Onde é que já ouvi isto pela enésima vez?


, que está ao centro para mobilizar os portugueses. E que não nasce por ser protagonizado por figuras notáveis da sociedade portuguesa. Nasce de baixo para cima, com cidadãos comuns, dizendo: é a hora de nos levantarmos e dizermos que o futuro está nas nossas mãos, e não ficarmos sempre à espera de que um qualquer D. Sebastião nos venha salvar. Nem ficarmos sempre nesta lamúria de que isto está cada vez pior. A Dr.ª Maria José Nogueira Pinto não faz parte.

A Dra Nogueira é lamúria, o MEP é anti-sebastianista. É muita centro.

Note'se ainda: mais um a falar de futuro.

– Não teme a concorrência do MIC, de Manuel Alegre, ou resultados similares ao do PND?

– O MEP não nasce para se comparar com ninguém.

Um nascimento incomparável:

E muito menos para criticar quem está.

Descansem portanto, em paz, os actuais situacionistas em breve, graças a este partido todos nos acomodaremos na paz do Senhor.

O MEP nasce para construir e não para destruir

A identificação pia e primária de crítica com destruição


. Este projecto não é um projecto anti-sistema,

Pois é pena, porque o que está em causa é exactamente o sistema-

não é um projecto para dizer que a política é corrupta, que os políticos não prestam. Que está tudo mal.


Este ideal naif de fazer boa política com maus políticos. Não há rapazes maus.


Mas de facto, está tudo mal desde a arquitectura ao asfalto, da ordenação do território à deordenação das mentes, do futebol às discotecas, da polícia transvenal aos guardas de segurança. Temos excelência em fazer tudo mal porque somos um país piroso e ignorante, e sem memória, passivo graças ao xanax que lhe injectaram, literalmente e em todos o sentidos, nas veias.



O País precisa de se mobilizar para a construção de um futuro comum e não estar permanentemente em guerrilhas que nos vão destruindo até à exaustão.


Mais outro a falar de futuro...e aqui vem a promessa de uma política anti-guerrilhas. Lembra o general Eanes, o vesgo, com aquela de "construir para o futuro".


– Tem ambições eleitorais para 2009?

– Iremos às eleições de 2009, se conseguirmos este objectivo de criar o partido. Temos de recolher 7500 assinaturas e, se essa etapa for ultrapassada, temos como primeiro grande objectivo as eleições em 2009, particularmente, as Legislativas e Europeias. Nas autárquicas teremos alguma participação, mas é mais difícil. E note-se outro traço distintivo do MEP. O MEP não existe em função de resultados eleitorais.


Boa!
Então existe para quê?
Tema missão de espalhar um simplex de lugares comuns irrelevantes.


PERFIL

Rui Marques, 44 anos, licenciado em Medicina e mestre de Ciências da Comunicação, é conhecido por ser uma figura de causas. Faltava-lhe uma: a de criar um partido pela positiva (l
inguagem tonta, à Laurinda Alves), contra a lamúria, para encontrar soluções e superar dificuldades. (puro bla bla)

Entre Novembro de 2005 e Fevereiro deste ano foi o alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural.
(não se deu por isso, mas ambém não foi para isso que foi nomeado)

Fundou e dirigiu o Grupo Fórum, foi responsável pela ‘Fórum Estudante’ e durante o período de entre 1986 e 1991 trabalhou no Grupo Renascença. Ainda hoje se sente como um jornalista. (
do sentir-se ao ser vai um oceano)

Em 1992 coordenou a viagem mediática Lusitânia Expresso - um grupo de jovens que tentou, sem êxito, chegar a Timor-Leste. (
agora tenta o MEP-MEP Expresso, com gente não tão jovem)

Rui Marques trabalhou ainda três anos como adjunto do Padre António Vaz Pinto. (
mmmm....sacristão?


Em suma: era uma boa ideia que houvesse um novo partido, mas este afi
gura-se um aborto bem comportado
feito por meia dúzia (60) missionários.