PRIMAVERA
Não há para onde fugir
nenhum bunker nenhuma galáxia distante
mais tarde ou mais cedo uma pessoa
acabada baleada por um poema
e não é que as palavras perfurem as pessoas
é menos do que isso, mais reles, mais baixo,
mais cheio de lama e sangue
as balas a fingir das guerras
são brinquedos de falta de alma
mas as que os poemas disparam
tem os vernáculos venenos infernais
doçura morte primavera
o intangível das coisas fatais
por isso esteja-se nu ou couraçado
nada protege de um dia letal de poesia
não adianta adoptar o ar de "homem prático"
ou o disfarce ainda menor de "homem de ciência"
a poesia mata à hora certa dispara entre os olhos
e na nuca sempre com fogo e veneno
doçura frémito primavera
nenhum bunker nenhuma galáxia distante
mais tarde ou mais cedo uma pessoa
acabada baleada por um poema
e não é que as palavras perfurem as pessoas
é menos do que isso, mais reles, mais baixo,
mais cheio de lama e sangue
as balas a fingir das guerras
são brinquedos de falta de alma
mas as que os poemas disparam
tem os vernáculos venenos infernais
doçura morte primavera
o intangível das coisas fatais
por isso esteja-se nu ou couraçado
nada protege de um dia letal de poesia
não adianta adoptar o ar de "homem prático"
ou o disfarce ainda menor de "homem de ciência"
a poesia mata à hora certa dispara entre os olhos
e na nuca sempre com fogo e veneno
doçura frémito primavera
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