Para alguém eu sou um figo,
sim não passo disso.
Mas pode comê-lo, sou
delicioso, não tenho
acções na Bolsa. Não sou
um homem de acção.
Sou um figo de capa verde,
com milhões de pétalas dentro.
No umbigo verto mel.
Não preciso que o tipo da rádio
me explique os instantes eróticos.
Não preciso de ler o Tarot.
Leio o meu orvalho matinal.
Leio a linha de sol sobre as árvores
e sobre o mar.
Imagem: Espingarda Browning, na reforma. Agora guardiã de figos.
4 Comments:
Homem deixe-lá essa tristeza, com o seu talento, tomara muitos.
Gosto de o ver regressado às lides bloguistas, porque não há onde lê-lo? Um jornal, uma crónica em papel?
Ai!!!!!!
Saudades da minha chinesa.
Ó
Não se trata propriamente de "tristeza", penso eu. Mas concordo com aquilo do talento.
Abraço.
muito bom!
vale a navalha
vale o imenso e inextricável precipício
evoé!
Obrigado pelos comentários. Também me dá prazer lê-los aqui ou noutros lados.
Porque não escrevo para os jornais? Porque a blogosfera tem características únicas e é um espaço ainda novo, com tudo uqe isso tem de experimental e indecidível. Não penso que vai matar os jornais. Vai melhorá-los.
Um abraço grande para vocês,
Miguel
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