ALQUIVELIA
pouco sabemos
dos barcos que nos atravessam
e dos grandes mares que somos
perdemos os mapas
e as cores
e por isso só restam correntes
de sílabas perdidas
ilhas sem sentido
e um vento oblíquo
uma vez queimada
a ave do paraíso
e apodrecidos
os madeiros da cruz
só as velas
se vão em nuvem
só a sombra
dos gritos fica
o imperador
do fundo do mar
cuja tinta cega
e cujo brilho ainda chama
no entanto
passa pela folhagem
dos dias trémulos
como um vinho antigo
e o anjo coroado
de pólen
rouba os pistilos
à Serpente
mas não sabemos
descer as colinas
em direcção às montanhas
falta em tudo
a alma
dos dias claros
talvez se um ouro
feito em vento
subisse a coluna
e abrisse as portas
da cabana dos pensamentos
voltasse a ave fértil
que cruza as ondas
dos barcos que nos atravessam
e dos grandes mares que somos
perdemos os mapas
e as cores
e por isso só restam correntes
de sílabas perdidas
ilhas sem sentido
e um vento oblíquo
uma vez queimada
a ave do paraíso
e apodrecidos
os madeiros da cruz
só as velas
se vão em nuvem
só a sombra
dos gritos fica
o imperador
do fundo do mar
cuja tinta cega
e cujo brilho ainda chama
no entanto
passa pela folhagem
dos dias trémulos
como um vinho antigo
e o anjo coroado
de pólen
rouba os pistilos
à Serpente
mas não sabemos
descer as colinas
em direcção às montanhas
falta em tudo
a alma
dos dias claros
talvez se um ouro
feito em vento
subisse a coluna
e abrisse as portas
da cabana dos pensamentos
voltasse a ave fértil
que cruza as ondas
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