In Memoriam do Anjo Fulmíneo Affonso Manta
Fazer da chuva um casaco
E louvar a ventania
Há lá melhor retrato
Do que nos tira a Invernia ?
Abrir asas em cada rocha
Ter o voo tonto e selvagem
Da fúria das borboletas
E pôr tudo em letras
E canções mínimas que os sapos
Captam e os doidos levam
Como uma bandeira negra
Cheia de estrelas
Lavar-se em lama e fogo
E ter nos olhos regatos rápidos
Abraçar tanto o fulgor
Como o lado negro das coisas
Encontrar o Viúvo do Enxofre
E o Príncipe das Metamorfoses
E de ambos com abraço amigo
Retornar à rua das neuroses
E ir assim de metempsicose
Em metempsicose com uma flor
Do mal atravessada na boca
Com o veneno certo do rigor
E um corpo de mulher que nos
Envolve com os seus cheiros de Alba
O seu sangue de cachalota
Os seus campos de papoulas
Rubras como a linguagem rebelde
Isso é que é ser rei sem corte
O único verdadeiro que bebe
À mesa do mendigo
E come a sopa do morcego
E louvar a ventania
Há lá melhor retrato
Do que nos tira a Invernia ?
Abrir asas em cada rocha
Ter o voo tonto e selvagem
Da fúria das borboletas
E pôr tudo em letras
E canções mínimas que os sapos
Captam e os doidos levam
Como uma bandeira negra
Cheia de estrelas
Lavar-se em lama e fogo
E ter nos olhos regatos rápidos
Abraçar tanto o fulgor
Como o lado negro das coisas
Encontrar o Viúvo do Enxofre
E o Príncipe das Metamorfoses
E de ambos com abraço amigo
Retornar à rua das neuroses
E ir assim de metempsicose
Em metempsicose com uma flor
Do mal atravessada na boca
Com o veneno certo do rigor
E um corpo de mulher que nos
Envolve com os seus cheiros de Alba
O seu sangue de cachalota
Os seus campos de papoulas
Rubras como a linguagem rebelde
Isso é que é ser rei sem corte
O único verdadeiro que bebe
À mesa do mendigo
E come a sopa do morcego
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