Alcateia dos Ventos para o Amadeo de Souza Cardoso, Princeps de Amarante
Hoje ventos de todas as cores atiram-se aos flancos da Ibéria. Não gemem de prazer, vem directos de estrelas cruéis, predadoras - uivam. Ah! o Universo não é nenhum tea party. A vaga alta na costa tem apetite, e a contínua astúcia da morte caminha ao nosso lado. A terra empresta raparigas nuas ao Sol velado, e os nossos poemas bizarros de desobediência desviam as estradas. Será devolvida a máscara do deus às vinhas? Estes homens quadriculados que estão atrás das coisas persistirão?
Os escravos alimentam constantemente os escravos. Todos precisam da mão do tirano.
Gente de luz, no entanto, guarda e vigia e cavalga o relâmpago, apesar da guerra que te atravessou de estilhaços, Amadeo, tu olhas de frente o temporal. Olhos nos olhos, como se olha um deus e uma amante e a terra convulsa, nunca saciada.
Os escravos alimentam constantemente os escravos. Todos precisam da mão do tirano.
Gente de luz, no entanto, guarda e vigia e cavalga o relâmpago, apesar da guerra que te atravessou de estilhaços, Amadeo, tu olhas de frente o temporal. Olhos nos olhos, como se olha um deus e uma amante e a terra convulsa, nunca saciada.
1 Comments:
Chegou a hora de resdescobrir o Amadeo e mesmo de descobrir porque há quadros dele nunca antes expostos na Gulbenkian. Pensar que tivemos aquele dínamo por cá e quase ninguém deu por nada.
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