BREVE SONETO
Perder a vida
por delicadeza?
Bela torpeza!
- Bebe cerveja,
Compacta a cerveja
Bebendo outra,
Até que o ego
Perca o contrôle
E a alma ganhe
Asa e espaço!
Baco e Cybéle
Não se opõe a Cupido,
Nem Vénus, mesmo k
Sejas um mal fodido.
Nota - Claro que o leitor avisado e entendido reparou imediatamente que a primeira linha é retirada do famoso poema de Rimbaud, Oisive Jeunesse. Ainda bem que assim foi. Aqui neste Laboratório Delegado da Central Patafísica, chamado Privilégios de Sísifo, andamos a observar a cerveja desde os tempos de Ammon Ra, o duplo cornudo. Com efeito no belo e antigo Egipto, que continua vivo apesar de tudo (transferiu-se em massa para um nível etérico, ali paredes meias com as Cidades Invisíveis de um dos últimos Faraós que por aqui passaram, Italo Calvino) já havia excelente cerveja. O fim do poema mistura linguagem de rua com altos deuses, e isso obviamente deve-se à influência nefasta do Lavrador Zé Porkêra, pelo que pedimos desculpa, sobretudo aos seres dos Signos de Ar e de Água, que tem ouvidos mais refinados do que nós vulgares rafeiros dos Signos de Fogo e de Terra. Por Anubis! Tenho dito.
Bela torpeza!
- Bebe cerveja,
Compacta a cerveja
Bebendo outra,
Até que o ego
Perca o contrôle
E a alma ganhe
Asa e espaço!
Baco e Cybéle
Não se opõe a Cupido,
Nem Vénus, mesmo k
Sejas um mal fodido.
Nota - Claro que o leitor avisado e entendido reparou imediatamente que a primeira linha é retirada do famoso poema de Rimbaud, Oisive Jeunesse. Ainda bem que assim foi. Aqui neste Laboratório Delegado da Central Patafísica, chamado Privilégios de Sísifo, andamos a observar a cerveja desde os tempos de Ammon Ra, o duplo cornudo. Com efeito no belo e antigo Egipto, que continua vivo apesar de tudo (transferiu-se em massa para um nível etérico, ali paredes meias com as Cidades Invisíveis de um dos últimos Faraós que por aqui passaram, Italo Calvino) já havia excelente cerveja. O fim do poema mistura linguagem de rua com altos deuses, e isso obviamente deve-se à influência nefasta do Lavrador Zé Porkêra, pelo que pedimos desculpa, sobretudo aos seres dos Signos de Ar e de Água, que tem ouvidos mais refinados do que nós vulgares rafeiros dos Signos de Fogo e de Terra. Por Anubis! Tenho dito.
1 Comments:
Caro Drummond,
São armas arquiepiscopais do séc XVII?
Cumprimentos,
A.Teixeira de Vaconcellos
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