Pormenores Modernistas
Quando no início do século XX o Modernismo era novo e lúdico, trepando pelas fachadas, conseguia surpreender. Articulava-se o pathos da história com a história da casa em que se inseria, rodeava a intimidade do habitar com a dynamis própria da história. Criava a vigilância, demarcava e ampliava um novo castelo, um castelo de habitar, humanizado, com a grandeza dos antigos e a nobreza de um novo século de possibilidades - nada mais ofensivo para a humanidade do que a chamada habitação social, pobres caixotes globais das vastas manchas suburbanas, desprovidas de tempo e dynamis, e de espaço outro que não o concentracionário e onde se prendem com linhas de miséria os novos miseráveis com automóvel, televisor, portátil e cartão bancário.
Os governantes ainda dados a divagações sobre como dar resposta aos anseios das massas, deviam saber antes do mais que qualquer homem comum, além do pão, anseia por luxo, calma, espaço e volúpia. Eu votaria num partido que claramente dissesse - vamos preocupar-nos em tornar a vossa vida mais luxuosa e menos rápida. E que cortasse de uma vez para sempre com a eterna miséria do discurso do sacrifício.
O que se pode concluir? em Portugal todas as cinturas e mega cinturas sub-urbanas estão erradas. O crescimento em casca de betão contínuo produziu uma monstruosa cebola arquitectónica que já à nascença cheira a podre. Pode perfeitamente haver cidades grandes e mesmo mega cidades. O problema não é de tamanho, porque se pode conceber em escala grande com bastante sucesso, o problema é de estilo - coisa que falta aos nosso governantes desde há dezenas de anos. Nunca se referem a ele. Sintomático. E isso simplesmente porque não o tem.
Os governantes ainda dados a divagações sobre como dar resposta aos anseios das massas, deviam saber antes do mais que qualquer homem comum, além do pão, anseia por luxo, calma, espaço e volúpia. Eu votaria num partido que claramente dissesse - vamos preocupar-nos em tornar a vossa vida mais luxuosa e menos rápida. E que cortasse de uma vez para sempre com a eterna miséria do discurso do sacrifício.
O que se pode concluir? em Portugal todas as cinturas e mega cinturas sub-urbanas estão erradas. O crescimento em casca de betão contínuo produziu uma monstruosa cebola arquitectónica que já à nascença cheira a podre. Pode perfeitamente haver cidades grandes e mesmo mega cidades. O problema não é de tamanho, porque se pode conceber em escala grande com bastante sucesso, o problema é de estilo - coisa que falta aos nosso governantes desde há dezenas de anos. Nunca se referem a ele. Sintomático. E isso simplesmente porque não o tem.
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