poema do cesariny lá do etéreo assento
ele há príncipes que desaparecem em Elsinore
outros no mar. Cá estamos, sirvam o queque,
sirvam com muito cuidado o queque
antes que venham a Poesia e a Política
e aquela gente toda altamente emocionada do Teatro
com cãimbras na voz, com varizes na voz,
que isto da nicotina combinada ao dentífrico
mexe muito na alma
por isso patifes! não há que improvisar o manjerico
ou julgam que este país vai a golpes de blog?
não há que improvisar o manjerico nem sequer
ler a sina ao fisco ou esperar pelo Sultão Velado
(sultana era melhor, mas Messias só os há com testículos)
- por agora - mas parece-me que a coisa vai mudar -
cá no alto não há larilas da música, que aparecem muito
na TV da Suzette , nem uma data de gente fardada de paneleiro
e cá no alto não é bem assim tão no alto é mais na paralela
e vê-se gente que trazia diamante no dente
O cap. Fracasse, Fausto, o Rimbas, e mesmo aquele
estupor de marin, que uma vez me levou a carteira
quando eu lhe queria era ter dado o rio Sena
(Disparates a que o Fado obriga! sindicâncias oblíquas
da alma) por isso que é essa ranheira? Isto por aqui
isto aqui não é a Baixa-do-Ranho! Não há cá madalenas
por isso todo esse choro é sofista, o que vai no caixão
é só nada de retorno ao Nada, que eu cá por fatalidade
já era o universo e este corpinho magro e nictonizado
- nada de espíritas nisto - agora dissolve-se em mais universo
Por isso tratem bem dos vossos gatos,
por um país que eu sempre quis
feito de bondade e de espuma. O mais é treta, agapito.
Tratem dos gatos, não da treva. Tenho dito.
Nota de Lord Drummond - gente fardada de paneleiro, expressão que o Cesariny empregou numa conversa que tivemos à mesa de um café, que é onde nascem as melhores ideias.
"Quero um país de bondade e de bruma", esta linha já viajou na parte traseira dos autocarros da Carris. Só por a ter posto a Carris melhorou muito. A poesia ordena e transforma o mundo, não é a GALP.
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