DIVINA POESIA
ó tu Divina Poesia
que me arrancas a quitina
e de tanto me atravessar
me deixaste furado
como um passador
intacto
da coca da sílaba
sim, da sílaba
maneta e pernet
a e vesga
que sei eu da Altura?
pouco mais do que a Odette
nenhum arcanjo de trombeta
me ajudou na omeleta
estatelei-me logo
no soneto e quanto à Ode
nem pra bicarbonato
saiu torta, inútil, infusa
de um prazer grego
nada prático
por um sarcasmo latino
interceptada
por isso, Divina,
só te vejo entre nesgas
só te digo rasgões
vergônteas
e Varizes! Mas cá para
mim, que vivo
no País dos Narizes
Enfiosos
Já vi dias mais pirosos
Críticos, disciplinados,
práticos, que fungam
claridade
e fingem posteridade
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home